Universidade de Minnesota desenvolve uvas resistentes ao frio extremo

Pesquisadores da Universidade de Minnesota estão desenvolvendo uvas viníferas e de mesa resistentes ao severo inverno do estado. Entre as mais promissoras estão as variedades cruzadas com a nativa Vitis riparia, capazes de suportar baixas temperaturas, doenças e ainda oferecer boa qualidade de sabor e coloração para vinhos e mesmo consumo in natura.

O trabalho é conduzido no Centro de Pesquisa em Horticultura (HRC), em Excelsior, e tem como objetivo criar novas variedades que sobrevivam ao frio extremo de Minnesota. “A parte mais importante é garantir a resistência ao frio, mas também buscamos boas características de sabor e coloração”, afirmou o pesquisador John Thull ao Minnesota Daily.

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A equipe realiza cruzamentos clássicos entre uvas nativas, como a Vitis riparia — altamente resistente — e uvas europeias, conhecidas pelo paladar refinado, mas pouco adaptadas ao clima local. O processo, que não envolve modificação genética, pode levar até 10 anos para gerar uma variedade estável e apta à produção de vinho.

“Ao cruzar as nativas com europeias, algumas mudas herdam a resistência ao frio e o bom sabor. É isso que buscamos”, explicou Thull. A pesquisadora Jenny Thull destacou também a importância da cor na produção de vinhos. “Estamos avançando para tons mais claros e agradáveis visualmente, o que torna os vinhos mais atraentes.”

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O HRC já é conhecido pelo desenvolvimento da maçã Honeycrisp e agora investe fortemente na inovação vitivinícola. Segundo Jenny, cada nova variedade de uva é inicialmente vinificada na própria vinícola experimental da universidade, onde pequenas quantidades — de duas a quatro garrafas — permitem avaliar o potencial do produto.