Vinhos e bolos podem criar bons momentos quando combinados
Pedro Landim Publicado em 14/09/2022, às 08h15
Eles são festivos e alegres, mas às vezes pedem apenas uma tarde à toa ao lado de alguém que a gente gosta, para jogar conversa fora e relaxar. Quem sabe um piquenique, quando voltarmos à boa convivência ao ar livre?
Vinhos e bolos podem criar bons momentos quando combinados, em experiências que sempre valem a pena quando a alma não é pequena - e há doses de carinho na hora de harmonizar.
Sempre ele, o chocolate, e sua aptidão às vezes oculta para o vinho. Queremos massa, recheio e cobertura de chocolate, e quanto maior for o teor de cacau, melhor será a brincadeira.
Entre os fortificados, o Vinho do Porto é um clássico, com suas frutas escuras, notas achocolatadas e de especiarias. Precisamos de corpo e complexidade além da fruta para os vinhos secos, e vale a experiência com blends a partir de Cabernet Sauvignon e Syrah, com passagem por madeira.
Os bons vinhos brancos de colheita tardia terão acidez, teor alcoólico e refrescância para enfrentar a gordura da torta, e dulçor para emparelhar com as caldas e geleias de frutas. Imagine a delícia com um Sauternes.
Um Riesling Auslese também pode fazer um excelente trabalho, e quando há frutas vermelhas em jogo vale a experiência com um rosé seco e frutado, com boa acidez.
Difícil não pensar em vinhos espumantes, quase obrigatórios para os festejos, e o champagne é a glória.
Imaginamos o clássico bolo branco, com baunilha no recheio e açúcar glaceado, e quando o dulçor se acentua no prato vale apostar num espumante moscatel, com boas pedidas na produção nacional.
O clássico de origem norte-americana aparece cada vez mais em nossas mesas doceiras, com seus tons de vermelho que seduzem na vitrine.
A semelhança cromática de um Pinot Noir é uma pista do que os aromas de cereja e frutas vermelhas do vinho podem fazer pela sobremesa, realçando as notas semelhantes e nuances de chocolate do bolo. Um casamento promissor.
O Prosecco é sempre uma opção, com a refrescância das bolhas e notas cítricas para revigorar a boca e chamar a próxima colherada no doce.
Um espumante Moscatel, ou demi-sec também cumprirá sua missão, e se houver disponível um Moscato d'Asti os sabores vão crescer entre os cítricos, o floral e as frutas brancas do vinho. Um Riesling de colheita tardia e boa acidez é mais uma vez pedida interessante.