Poucos sabem mas existem espumantes tintos e rosés, embora em Champagne sejam ainda raros de encontrar
Redação Publicado em 15/12/2023, às 15h20 - Atualizado em 24/07/2024, às 00h14
Os espumantes tintos não são tão comuns quanto espumantes brancos, mas existem. Lambruscos talvez sejam os exemplos mais lembrados. No caso de Champagne (a saber: espumantes feitos na região demarcada da França), contudo, é raro ver líquidos com tons vermelhos intensos. Ou seja, quando não são brancos, são rosados.
Champagnes rosés podem ser feitos de duas formas para ganhar cor. A primeira delas é com a maceração das cascas no mosto. Geralmente, durante pouco tempo, elas ficam em contato com o suco, o que transfere a cor avermelhada. Ou então, a segunda forma é o acréscimo de vinho tinto em pequenas doses no vinho espumante.
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Apesar de alguns produtores de Champagne terem rosés bastante intensos, eles raramente chegam aos tons escuros de alguns Lambruscos ou os espumantes de Shiraz relativamente famosos da Austrália. Vale lembrar que a uva italiana Lambrisco, é uma uva tinta.
Há exemplos também de espumantes tintos em Portugal, principalmente na Bairrada, assim como na Grécia e outras regiões da Itália, como no Piemonte, com o Brachetto d’Acqui, considerado uma das melhores harmonizações para sobremesas com frutas vermelhas.
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No caso de Champagne, porém, a limpidez do líquido costuma ser uma norma entre os produtores já que a fama desse espumante ao longo dos séculos se fez em torno dessa sua característica de elegância e delicadeza, em contraste com os tintos de Bordeaux e da Borgonha.
Então, mesmo sendo feito com uvas tintas, como Pinot Noir e Pinot Meunier (além da branca Chardonnay), ele tende a ser quase sempre branco e muito límpido.
Vale lembrar, todavia, que Champagne também pode produzir e comercializar vinho tinto tranquilo. Ele é extremamente raro e recebe o nome de “Coteaux Champenois”. Pouquíssimos produtores se dispõem a elaborá-lo já que a fama da região está ligada ao espumante.