O ambiente único passou a ser mais apreciado, quando os músicos conheceram quem trabalha nas vinícolas
André De Fraia Publicado em 02/05/2021, às 13h00
As gravações de A night ate the winery, jazz e vinho juntos
Jazz e vinho têm muito em comum.
Ambos requerem um processo de refinamento lento. Ambos envolvem algum nível de continuidade, mas são frutos de uma sadia briga entre inovação e tradição.
O jazz e o vinho não são simples para serem apreciados, mas recompensam o amante que decidir adentrar em seu mundo.
A interação dos dois, porém vai muito além.
A gravadora italiana CAM Jazz inovou e gravou alguns álbuns completos dentro de vinícolas na região da Friuli Venezia Giulia, no nordeste da Itália.
A ideia surgiu quando Ermanno Basso, produtor do selo ficou intrigado com a ideia de gravar em um ambiente tão íntimo como uma adega. O desafio, disse ele, “era encontrar a instrumentação certa”, dadas as limitações de espaço e a acústica associadas à gravação em uma local tão singular.
Afinal, além do ambiente frio e úmido, um terror para os instrumentos e equipamentos de som, as barricas ressoavam de uma maneira diferente do que no ambiente que os músicos estavam acostumados.
Mas o ambiente único passou a ser apreciado, segundo o clarinetista Gabriele Mirabassi um dos músicos do projeto, quando eles conheceram as pessoas que trabalhavam nas vinícolas. “Fiquei realmente muito emocionado em conhecer as pessoas”, disse ele, “Não esperava que aqueles caras fossem exatamente como músicos - quero dizer, o compromisso, a compaixão, a competência, e claro, a habilidade e o amor."
O projeto está disponível em plataformas de música, clique aqui para acessar no Spotify, e, claro, saque um belo vinho para harmonizar com esta bela música.
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