Estudo usa a “digital” do vinho para certificar sua autenticidade
André De Fraia Publicado em 17/12/2020, às 13h30
Nova técnica teve 100% de assertividade e pode ajudar a desmascarar vinhos falsificados
Um estudo feito pela Universidade de Adelaide na Austrália é pioneiro na utilização da espectroscopia de fluorescência para desmascarar vinhos falsificados. De acordo com os testes a técnica teve 100% de assertividade, é rápida e relativamente simples.
“Este método fornece uma ‘digital’ da amostra de acordo com as substâncias fluorescentes e emissoras de luz” explica Ruchira Ranaweera, doutoranda da Universidade de Adelaide e que conduziu o estudo. Utilizando uma robusta base de dados, a técnica consegue dizer a proveniência da uva que produziu o vinho estudado.
Durante o experimento a pesquisadora foi capaz de identificar Cabernet Sauvignons de três regiões diferentes da Austrália e um de Bordeaux de maneira correta. “Está é comprovadamente uma poderosa técnica de autenticação”, destaca Ranaweera.
Segundo a pesquisadora a nova técnica trará outras aplicações para a indústria vitivinícola, uma vez que por meio dela os produtores poderão fazer análises fenólicas do vinho e até detectar o odor de fumaça, problema constante em locais como a Austrália e Califórnia nos últimos anos. O estudo permitirá ainda descobrir qual, ou quais, moléculas fazem com que alguns vinhos sejam tão únicos.
A técnica já estará disponível na Austrália a partir de janeiro de 2021 e a ideia dos pesquisadores é levar para o resto do mundo para aumentar a base de dados.
» Receba as notícias da ADEGA diretamente no Telegram clicando aqui