Mudança histórica permite uso do termo 'vinho' para bebidas com menos de 8,5% de álcool e promete ampliar o mercado consumidor
Redação Publicado em 08/01/2025, às 11h00
A Itália autorizou os produtores a lançarem vinhos com baixo teor alcoólico ou sem álcool, mas mantendo a palavra "vinho" no rótulo – uma inovação que promete atrair tanto apreciadores tradicionais quanto novos consumidores que buscam alternativas sem álcool.
Essa decisão histórica, oficializada pelo Ministério da Agricultura, encerra dois anos de debates e ajustes legais. Antes do decreto, o termo "vinho" só podia ser usado para bebidas com no mínimo 8,5% de álcool, segundo as regulamentações italianas.
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Embora tenha aprovado a mudança, existe uma ressalva: vinhos com baixo teor alcoólico e sem álcool não poderão obter o status de "Vinho de Denominação de Origem Protegida" (DOP), reservado para as icônicas categorias como Chianti, Barolo, Brunello, Amarone e Prosecco. Essas denominações exigem características específicas, incluindo um teor alcoólico mínimo.
Mesmo sem o selo DOP, os primeiros rótulos dessa nova categoria devem chegar ao mercado em 2025, prometendo movimentar ainda mais a pujante indústria vinícola italiana, que produziu impressionantes 43,9 milhões de hectolitros de vinho tradicional em 2022.
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A decisão chega em um momento estratégico. Os vinhos com menos álcool ou sem álcool são uma tendência, refletindo um novo comportamento de consumo, em especial entre gerações mais jovens. O mercado global de vinhos com baixo teor alcoólico e sem álcool está em plena expansão, com previsão de crescimento superior a 10% ao ano na próxima década.