Os impostos sobre a cerveja, vinho e destilados estão congelados até agosto de 2024
Silvia Mascella Publicado em 28/11/2023, às 14h26
Muita coisa mudou no Reino Unido nos últimos anos e incomodou muita gente. E nem estamos falando de sua majestade, o novo Rei. Pouco acostumados com aumento de preços, visto o vigor de sua economia, os ingleses se depararam com uma nova realidade que afetou seus bolsos.
Em agosto deste ano uma onda de aumentos de impostos - a maior dos últimos 50 anos - chacoalhou o dia-a-dia tão britânicamente ordenado, mexendo no consumo de destilados e cervejas a ponto deles cairem 20% e fazendo o consumo de vinho também cair na casa dos dois dígitos.
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"Para muitas pessoas, ir ao pub ficou mais caro" afirmou o chanceler Jeremy Hunt em seu pronuncimento de outono na Câmara dos Comuns. Ele estava lá para anunciar, entre outras medidas, o congelamento dos impostos sobre as bebidas alcoólicas até o mês de agosto de 2024.
Essa mudança ocorre pois os novos impostos divulgados em agosto último - agora aplicados em escala crescente de acordo com a porcentagem de álcool nas bebidas - afetaram drasticamente a herança escocesa dos uísques, a jovem indústria vitivinícola e o consumo como um todo. Para se ter uma idéia, os impostos sobre os uíques chegam a 73% do valor de uma garrafa.
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Para tentar aliviar um pouco a pressão dos proprietários de pubs, bares e restaurantes, o governo já havia renovado o 'Brexit Pubs Guarantee', uma lei que permite que bebidas como cerveja e cidra, servidas de torneiras (estilo chopp) custem até 11 pences (aproximadamente R$ 0,68) mais barato do que nas lojas e supermercados.
Mas essa medida não foi suficiente. Assim, o governo decidiu pelo congelamento dos impostos para todas as bebidas que contêm álcool, o que deve resultar numa ligeira diminuição de preços precisamente no final do ano e numa época importante para o turismo, compras e celebrações.