Cientistas franceses desenvolveram uma “tecnologia genotípica” capaz de identificar diferentes espécies de carvalho que correspondem ou não com a sua origem
Redação Publicado em 03/10/2014, às 14h14 - Atualizado em 03/12/2014, às 08h04
Conhecida como espectrometria de massa, a tecnologia pode ser usada para identificar espécies de carvalho e verificar suas origens geográficas. Assim, é possível que se confronte esses dados com as indicações do rótulo do vinho, o que pode ajudar produtores na prevenção de fraudes e falsificações. A grande maioria dos vinhos passa pouco tempo dentro de barris de carvalho, mas para os vinhos de alto valor de mercado o armazenamento em barris legítimos de carvalho é um fator extremamente relevante na definição do sabor e de seus aromas.
Em declaração, o Instituto Nacional da Pesquisa Agrícola da França, (INRA, na sigla em francês) disse: “Ao se identificar a espécie de carvalho usada, produtores poderão desenvolver o processo de maturação do vinho por meio do controle das propriedades aromáticas das madeiras usadas nos barris”. Vale lembrar que a França é maior produtora de barris do mundo, respondendo por quase 75% da produção mundial.
Sem qualquer tecnologia que comprove a existência real do tratamento do vinho na madeira torna-se muito mais fácil a falsificação, causando grandes prejuízos aos produtores e importadoras. A nova tecnologia foi descrita como flexível, rápida, precisa e barata e pode revolucionar a prevenção de fraudes de vinho, assim como rastrear as espécies de barris pela indústria.