Em novembro, país muçulmano receberá torcedores do mundo todo, como vai ser a relação com o álcool?
Silvia Mascella Rosa Publicado em 08/04/2022, às 14h00 - Atualizado às 16h00
"O álcool não faz parte de nossa cultura, mas a hospitalidade faz", são as palavras do Secretário Geral do Comitê Organizador do Mundial, Hassan al-Thawadi.
O desafio, nesse caso, é saber onde e como as bebidas alcoólicas poderão ser consumidas, em um país onde beber na rua ou ficar embriagado são infrações que podem levar a multas e até seis meses de prisão.
A Copa do Mundo do Qatar começará no dia 21 de novembro deste ano, e os espectadores que tiverem comprado ingressos de "hospitalidade" para alguns dos estádios terão direito a consumir bebidas alcoólicas em espaços determinados.
Jaime Byrom, presidente da Match Hospitality, empresa que comercializa os ingressos para essa Copa, tem várias propostas: "Planejamos poder servir bebidas em nossos programas diferenciados, até em nossa oferta sofisticada, no lounge do estádio Lusail, na abertura e na final do Mundial", explicou Byrom durante uma apresentação comercial sobre o evento. Por 'oferta sofisticada' entenda-se uma seleção de Champagnes, vinhos de alta gama selecionados e servidos por sommeliers, coquetéis e destilados de qualidade.
O valor por pessoa? US$ 4.950 dólares (25 mil reais), segundo o site de hospitalidade da Fifa, no Pearl Lounge.O valor inclui serviço de concirege, seis pratos preparados por chefs ao vivo, estacionamento e brindes no estádio. Mas existem opções mais 'em conta' que também oferecem bebidas e alimentos em lugares especiais dos estádios.
Para os meros mortais, que não podem dispor dessa quantia para assistir a um jogo, vai ser possível comprar a cerveja do patrocinador da Copa em alguns clubes de praia e quiosques nas cercanias de alguns estádios. Mas não haverá venda dentro dos estádios e nem será permitido beber nas arquibancadas. Um detalhe, cada cerveja vai custar aproximadamente seis dólares (uns 30 reais). A razão para os valores tão altos das bebidas alcoólicas é que no país existe um imposto especial para essas bebidas no entorno de estádios, que aumenta consideravelmente o preço e objetiva desestimular o consumo.
Um detalhe, segundo o site da Fifa, as experiências mais caras para assistir os jogos, chamadas de “Amazing Series” já estão esgotadas. Para quem não conseguiu ingresso o melhor é escolher seus próprios vinhos e Champagnes e assistir de casa mesmo!