Vinhedos destruídos por granizo no Penedès

Região de Penedès, na Espanha, teve vinhedos destruídos após chuva de granizo

Sílvia Mascella Publicado em 06/06/2024, às 08h00

Folhas e brotos quebrados depois de forte granizo que atingiu a DO Penedès, na Espanha -

Os números preliminares, divulgados pelo Conselho Regulador de Penedès dão conta de que 1.500 hectares de vinhedos foram destruídos, em apenas meia hora de chuva de granizo que atingiu a região espanhola de Penedès, no último final de semana. A área atingida é parte de três DOs: Penedès, Cava e Catalunya.

As zonas mais atingidas com muita intensidade e em pouco tempo foram as de Santa Margarida i els Monjos, Castellet i la Gornal, Sant Martí Sarroca e Font-rubí. Os cálculos do sindicato de produtores dão conta de que aproximadamente 7 milhões de quilos de uvas deixarão de ser colhidas nesses vinhedos, gerando uma perda de aproximadamente 5 milhões de euros para os viticultores.

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Josep Marrugat, diretor de uva e vinho da união de produtores lamenta que o granizo tenha caído num momento tão delicado para o setor, que já acumula alguns anos de perdas causadas pela seca, pelos fungos como o míldio e também pela Covid. Neste ano, as chuvas do começo da primavera haviam dado uma esperança aos produtores depois da seca: “Esperávamos mais chuva, mas não de pedra e nem com tanta virulência. O granizo caiu na terra seca, o que é muito pior do que quando cai sobre a terra e a planta molhadas”, afirmou Josep Marrugat.

Pedras de gelo que atingiram os vinhedos na Catalunya-Espanha

 

Já o diretor da DO Penedès, Francesc Olivella disse que precisam avaliar se ainda há como salvar alguma parte da produção dos 1.500 hectares afetados: “Estamos muito preocupados, pois essas plantas já vinham de três anos de seca extrema e elas terão que fazer um esforço para brotar novamente. Talvez haja uma parte de colheita, mas ela pode não ser ideal para fazer os vinhos e boa parte dessas videiras mais atingidas só voltarão a brotar em 2025”, disse o diretor do Conselho Regulador da DO. Os líderes do setor pediram ao governo que estude a criação de linhas de crédito emergenciais para os viticultores

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