Sucessivas pesquisas comprovam o que todos já sabiam: vinho faz bem, sim, à saúde cerebral
Carolina Almeida Publicado em 27/08/2019, às 15h00 - Atualizado em 29/08/2019, às 16h05
Podemos afirmar que o cérebro é a fonte de vida do corpo humano. É ele quem dita as regras do jogo, e seu mau funcionamento pode ser fatal para o organismo. Querer viver mais faz parte da natureza do homem, e para isso, uma dieta balanceada e saudável é essencial.
O vinho, esta bebida milenar, cercada de paradoxos, começa a se revelar um aliado da saúde mental. Mas sua caminhada até esse patamar demorou a acontecer. É sabido que o álcool tem efeitos tóxicos e pode comprometer as funções cerebrais. Por tais características, o vinho chegou a ser contra-indicado no passado. Mas pesquisas desmentiram esse mito e consolidaram suas propriedades medicinais.
Leia mais:
+ Vinho ajuda a saúde do fígado
+ Dez motivos para você beber vinho
+ Vinho pode ajudar a liberar a criatividade
Desde 1997, através de estudos da Universidade de Bordeaux, sabe-se que pessoas que bebem vinho moderadamente têm 75% menos chances de desenvolver Alzheimer. Após a publicação da pesquisa, várias outras a sucederam e comprovaram que algumas substâncias presentes na bebida, especialmente as de propriedades antioxidantes, possuem efeito neuroprotetor capaz de prevenir demências.
Segundo os cientistas, a substância aumenta a produção de uma enzima conhecida como heme oxigenase, de efeito neuroprotetor, que logo após o AVC tem função de diminuir as lesões cerebrais. Quanto mais enzima liberada, maior a recuperação dos neurônios.
Mais recentemente, em 2010, a Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins concluiu uma pesquisa que precisa a maneira como o resveratrol - polifenol encontrado no vinho tinto - consegue proteger o cérebro após um AVC.
Além do papel na prevenção e apaziguamento de doenças, o vinho também tem forte participação na manutenção da saúde cerebral propriamente dita. Ele, junto com o chocolate amargo, é uma das principais fontes de vitamina para o cérebro. O vinho ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo cerebral, distribui os nutrientes necessários para o bom funcionamento do órgão e otimiza a função sináptica (espécie de comunicação entre os neurônios).
Mas não são só as substâncias presentes no vinho que nos ajudam a trabalhar o cérebro e prevenir doenças. Práticas como a degustação, que envolvem memória, discernimento, sensações etc, também são eficientes para desenvolver e estimular áreas do cérebro que podem não estar sendo usadas assiduamente.
Veja também:
+ Mistura de vinho contra Alzheimer