Uma taça de vinho – especialmente tinto – por dia pode combate doenças hepáticas como a cirrose
por Carolina Almeida
Quem consome uma dose de vinho por dia possui 50% menos chances de desenvolver DHGNA
O senso comum inúmeras vezes bate de frente com a ciência. Algumas vezes, ele fala mais alto, mas, em outras, acaba levando a pior e vê suas teorias caírem por terra.
O certo é que é preciso muito tempo para que as pessoas se acostumem a uma nova visão sobre determinado assunto.
No mundo vinho frequentemente esbarramos em problemas semelhantes. O pensamento convencional e a medicina creem que o álcool é prejudicial à saúde e especialmente ao fígado.
Mas algumas pesquisas científicas mostram o contrário. Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia - San Diego descobriu que beber uma taça de vinho por dia pode, na verdade, trazer benefícios ao fígado e diminuir a ocorrência da doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA).
A doença hepática gordurosa não alcoólica é uma inflamação gordurosa no fígado que não é causada pelo consumo excessivo de álcool e é considerada uma das principais causas do aparecimento da cirrose hepática.
O vinho tinto é que dá mais garantias ao fígado
Segundo o estudo, pessoas que consomem uma dose de vinho por dia, se comparadas àquelas que não ingerem bebida alcoólica, possuem 50% menos chances de desenvolver DHGNA.
O fato mais interessante descoberto através desta pesquisa é que, os consumidores de bebidas alcoólicas em geral (como cerveja e destilados) não apresentaram esta mesma melhora no funcionamento do fígado, sendo muito provável que o componente benéfico esteja presente no vinho, e não nas bebidas alcoólicas em geral, como se pensava.
Após os resultados da pesquisa da UC San Diego foi a vez da Universidade do País Basco concluir que é o vinho tinto que, de fato, dá mais garantias ao fígado.
Segundo a tese, o resveratrol - que também traz benefícios ao cérebro, ao coração e pode prevenir alguns tipos de câncer - é capaz de proteger o órgão por conservar os antioxidantes naturais do fígado, protegendo-o contra os danos causados por radicais livres.
Além disso, a substância também reduz o número de células de Kupffer (a alta concentração destas células está associada com a esteatose hepática, estágio anterior da hepatite), e inibe o desenvolvimento de outras doenças, como a fibrose. Mas é importante lembrar que, assim como qualquer outra bebida alcoólica, o vinho deve ser consumido moderadamente e por pessoas sem contraindicações e que seu consumo não implica necessariamente nos benefícios citados.
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