Vinícola Massandra da Crimeia, pode ser vendida

Líderes da Crimeia pretendem privatizar a propriedade histórica Massandra

Redação Publicado em 24/07/2019, às 14h30 - Atualizado às 14h31

O valor de Massandra foi estimado entre US$ 180 e 250 milhões

Autoridades da Crimeia disseram que pretendem privatizar a vinícola Massandra, que já foi uma das favoritas dos czares russos. No entanto, um importante produtor de vinhos decidiu sair da disputa e qualquer tentativa de venda provavelmente enfrentará protestos da Ucrânia.

As especulações sobre potenciais compradores para Massandra foram feitas depois que Vladimir Konstantinov, chefe do parlamento da Crimeia, disse que havia planos para privatizar a vinícola fundada em 1894 e que possui uma das maiores coleções de vinhos do mundo. Assim, um processo de licitação está sendo esperado para outubro e novembro deste ano.

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O controle de Massandra foi recentemente passado do governo russo para as autoridades da República da Crimeia. No entanto, qualquer tentativa de privatização provavelmente deixaria os ucranianos furiosos e poderia acarretar sanções ao comprador. O governo da Ucrânia administrou Massandra anteriormente, mas perdeu o controle após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. Autoridades da União Europeia disseram, em uma nota de julho de 2014, que os ativos de Massandra haviam sido “transferidos em desrespeito à lei ucraniana”. Em 2015, autoridades da Ucrânia acusaram Massandra de leiloar ilegalmente vinhos antigos que faziam parte do patrimônio nacional ucraniano.

O valor de Massandra foi estimado entre US$ 180 e 250 milhões, de acordo com relatórios. Um dos possíveis licitantes seria Boris Titov, um empresário cuja família possui a maior adega da Rússia, a AbrauDurso. No entanto, um porta-voz disse que a empresa não estava interessada.

Outros possíveis licitantes seriam os bilionários Arkady Rotenberg e Yuri Kovalchuk, embora seus interesses não tenham sido confirmados. Kovalchuk comprou a vinícola Novy Svet da Crimeia no final de 2017 via Rossia Bank, no qual ele tem uma participação majoritária. No entanto, qualquer acordo para a aquisição de Massandra poderia representar riscos em termos de sanções para o comprador, o que parece estar afastando possíveis interessados.

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