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  • A culpa é do grego

    Mercado de vinhos brasileiro caiu em 2012. De quem é a culpa?

    por Christian Burgos

    Todo ano trabalhamos com o objetivo de crescer. Crescimento é sinal de evolução e prosperidade, e prova de que fizemos as coisas direito. Entretanto, quando não crescemos, ou pior, quando diminuímos, sempre se encontra um elemento externo para explicar o ocorrido.

    Neste ano, o mercado de vinhos importados andou de lado e a comercialização de vinhos brasileiros diminuiu. O que aconteceu? Um desempenho abaixo do esperado na economia brasileira...

    Oras, esta é uma simplificação bastante rasa.

    Nos anos anteriores, a venda de vinhos sempre cresceu acima do PIB. Em 2012, o aumento do dólar tornou mais competitivos os produtos brasileiros. O desemprego está em recorde histórico de baixa. O consumo não caiu. A venda de espumantes continuou crescendo... E agora a culpa recai sobre o pobre Atlas, o grego que sustenta o mundo nos ombros, mas que deixou a peteca cair.

    O fato é que a comercialização de vinhos finos brasileiros baixou 4,01%, e a de vinhos de mesa caiu assustadores 10,68% (diminuição conjunta de mais de 25 milhões de litros em 2012).

    E a fim de impedir esse quadro de voltar a ocorrer no futuro é necessário sermos honestos com nós mesmos, afinal, a consciência precede a mudança. Neste ano, o maior fator desestabilizador aconteceu dentro do próprio mercado. Gastamos uma enorme parte de nossa energia numa luta fratricida, ao invés de trabalharmos pelo crescimento do consumo de vinho.

    Felizmente superamos isso, mas não podemos deixar de identificar essa diminuição como o preço da falta de foco no consumidor e na promoção do vinho e de sua cultura. Afinal, por mais importante que seja o mercado de Brasília, não foi para vender vinho na capital do país que tantas viagens de produtores, importadores e outros stakeholders aconteceram.

    Com maturidade, encerramos esse penoso percurso e saímos mais unidos como indústria, que acordou ainda antes do fechamento destes números. E esse resultado negativo na venda de vinhos em 2012 é uma oportunidade de aprendizagem ao mesmo tempo rica e cara.

    Além do aprendizado e da união do setor, outro fator positivo é que os espumantes continuaram crescendo na casa dos dois dígitos (11,97%!), prova de que essa categoria é uma vocação brasileira, e de que o consumidor se apaixona por um produto nacional, com preço competitivo e do qual pode se orgulhar. Também o suco de uva cresceu entusiasmantes 17,55%, confirmando o destino para parte da produção da uva de mesa em nosso país.

    Aposto uma garrafa de bom vinho como 2013 será diferente e melhor, não por algum palpite econômico, mas simplesmente porque voltamos a trabalhar em conjunto e com o objetivo de levar o vinho às taças dos brasileiros.

    COMPARATIVO DE COMERCIALIZAÇÃO DE VINHOS BRASILEIROS 2012/2011

    Vinhos de mesa
    2012 - 205.475.136 litros
    2011 - 230.048.334 litros
    Retração: 10,68%

    Vinhos finos (tintos, brancos e rosés)
    2012 - 18.759.370 litros
    2011 - 19.543.839 litros
    Retração: 4,01%

    Espumantes
    2012 - 14.739.365 litros
    2011 - 13.163.502 litros
    Crescimento: 11,97%

    Suco de uva
    2012 - 55.683.839 litros
    2011 - 47.370.049 litros
    Crescimento: 17,55%

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