Vinícola romana

Antiga vinícola é descoberta em ruínas romanas

Arqueólogos descobriram uma vinícola do ano de 240 próxima a Roma

Vista da adega a partir da sala de jantar onde o Imperador recebia os convidados - S. Castellani/E Dodd
Vista da adega a partir da sala de jantar onde o Imperador recebia os convidados - S. Castellani/E Dodd

por Paula Daidone

Arqueólogos descobriram uma antiga vinícola nas ruínas da Villa dei Quintili, uma vila romana próximo a Roma, na Itália. Datado de cerca de 240 EC, foi encontrado no espaço de mil metros quadrados cubas de armazenamento e canais revestidos de mármore para que o mosto corresse até os tanques de fermentação.

O espaço apresentava muito luxo e sofisticação, com pisos e revestimentos em mármore e mosaicos como decoração. As áreas de vinificação eram rodeados por luxuosas salas privadas, talvez para refeições, que permitiam ao imperador e seus convidados observarem o processo de produção do vinho do início ao fim.

De acordo com os historiadores, o local deveria ser usado para a cerimônia de abertura da vindima, em que o imperador abria a colheita anual cortando um cacho simbólico de uvas e sacrificando um cordeiro ao deus Júpiter.

Apesar de toda a pompa, provavelmente, o vinho produzido não era de grande qualidade. De acordo com Emlyn Dodd, arqueólogo da Escola Britânica em Roma e co-autor do novo estudo, os antigos romanos estavam familiarizados com o conceito de terroir e valorizavam os vinhos de certas regiões, mas não da Itália central.

As escavações ocorreram entre 2017 e 2018 e agora foram publicadas em um artigo para a revista acadêmica Antiquity. Todo o estudo pode ser conferido no site da Universidade de Cambridge.

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