por Christian Burgos
Lembro-me de 2009 como um ano que se desenrolou sob o véu do medo e acabou se revelando um grande ano para o Brasil. Agora temos a confi rmação de que o consumo mundial do vinho em 2009 cresceu em volume, em com intensidade ainda maior em nosso País. Seria uma bolha? No fi m do mês de abril recebemos dados de que o consumo de vinhos brasileiros continuou aquecido no primeiro trimestre de 2010. Pudemos comprovar esta exuberância na maratona de eventos dos últimos meses – cobertos por Sílvia Mascella Rosa –, e que contou com a presença de centenas de produtores brasileiros e estrangeiros. Em meio a um mar de lançamentos, a equipe de ADEGA garimpou alguns vinhos que certamente vão dar o que falar.
A única notícia ruim nesta maré tão positiva foi adoção do selo fi scal para o vinho no Brasil. Uma infeliz iniciativa que contou com apoio fragmentado de empresas e entidades do setor, e que seguramente tornará o vinho mais caro para todos os brasileiros.
Ainda de olho nos lançamentos e boas notícias, grandes críticos mundiais mais do que aprovaram a safra 2009 em Bordeaux. Agora, o mercado procura saber para onde irão os preços de uma safra que Robert Parker avalia ainda melhor que a celebrada 2005. Este é um tema tão defi nidor dos rumos do vinho no mundo quanto a inteligente e abrangente análise feita pelo Master of Wine Dirceu Viana Jr. sobre a tendência do nível de álcool nos vinhos ao redor do planeta.
Estes assuntos certamente serão tema de acaloradas conversas – em que novos e antigos amigos se reúnem unidos pelo vinho – como as que tivemos no restaurante Zucco, palco de mais um espetacular enogourmet comandado por Luiz Gastão Bolonhez e ilustrado nas páginas desta edição tão belamente como as garrafas de champanhe inspiradas em temas de Art nouveau produzidas por Hervé Deschamps, entrevistado por Aguinaldo Záckia Albert e Arnaldo Grizzo com exclusividade para você.
Saúde,
Christian Burgos