Conselho libera denominação de origem para brancos de Ribera del Duero

Mais de 300 produtores serão beneficiados com a mudança

Redação Publicado em 12/12/2019, às 17h00

Pela primeira vez em sua história, o conselho de Ribera del Duero mudou seus regulamentos para permitir que as vinícolas da região produzam vinhos brancos sob a denominação de origem principal. A mudança permitirá que os 315 produtores da região produzam e vendam brancos usando a marca da DO na garrafa.

 

Antes, os brancos recebiam apenas a menção de uma indicação geográfica protegida, Castilla y Leon IGP, e representavam menos de 3% da produção de vinho da região. Agora, de acordo com os novos regulamentos para “La Ribera Blanca”, as vinícolas poderão produzir vinhos brancos que contenham pelo menos 75% da principal uva branca da região, Albillo Mayor, uma variedade que representa quase 5% do total de plantações. Outras variedades permitidas incluem Pirules, Malvaisa, Viura, Verdejo, Albariño, Hondarrabi Zuri, Palomino, Chardonnay, Riesling, Sauvignon Blanc, Treixadura e Viognier.

Quando os planos foram anunciados pela primeira vez em fevereiro, Enrique Pascual, presidente do conselho regulador de Ribera del Duero, disse que as mudanças estavam sendo introduzidas como resultado de conversas com produtores locais. A Denominação de Origem Ribera del Duero foi criada em 1982 por um pequeno grupo de produtores locais que viam o potencial da área, que até aquele momento produzia principalmente uvas para vender às cooperativas de vinho a granel. Tempranillo é responsável por mais de 95% das uvas cultivadas na DO e, de acordo com os regulamentos, a variedade deve representar no mínimo 75% de todos os vinhos tintos, com o restante sendo composto por Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Garnacha Tinta e Albillo Mayor.

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