As principais regiões produtoras de vinhos na Alemanha foram atingidas por forte geada
Sílvia Mascella Publicado em 30/04/2024, às 08h00
Com temperaturas noturnas que chegaram aos 5 graus negativos, várias regiões produtoras de uvas para vinho na Alemanha enfrentaram geadas rigorosas na semana passada. Segundo a DWV (Associação dos Vitivinicultores da Alemanha) o frio extremo causou danos significativos às videiras.
O mês de março foi um dos mais quentes desde o ano de 1961 no país, com temperaturas 4 graus acima da média. Em abril, com o calor da primavera aumentando, as plantas brotaram entre duas e quatro semanas antes do previsto, e muitos desses brotos estão agora congelados.
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“Tememos que os brotos que consigam rebrotar não sejam férteis”, afirma Klaus Schneider, presidente da DWV. A associação ainda não tem os dados de todas as regiões produtoras, mas o clima extremo fez com que produtores utilizassem todas as técnicas disponíveis para conter os danos, desde fogareiros nos vinhedos até envolver cada planta em filme plástico.
Segundo informações da Wines of Germany, na região da Francônia os primeiros dados dão conta de que 50% dos vinhedos foram afetados em diferentes estágios de gravidade. Em Baden, as duas noites com temperaturas abaixo de zero, causaram perdas entre 80 e 90% nos sete hectares de uma vinícola em Dietlingen. A conhecida região de Rheingau não foi tão afetada, embora seja uma zona onde as geadas acontecem com mais frequência e são até esperadas pelos produtores.
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Uma das regiões mais afetadas foi a Saxônia, mesmo com as medidas protetivas adotadas pelos vinhateiros. A associação local de produtores informou que as perdas podem chegar a 100% em algumas partes da região, onde as temperaturas ficaram na casa dos 5 graus negativos. A região de Mosel acusa perdas, embora a associação local ainda não tenha os dados compilados, mas já informaram que a sub-região de Trier-Saarburg teve muitos vinhedos destruídos. Em Saar e em Ruwer os produtores reportaram que a geada foi a mais forte desde 2019 e que, no mínimo, a colheita será bem menor nesta safra de 2024.