Champagne é representada por grandes rótulos. Mas o que faz a bebida do lugar ser marcante?
Redação Publicado em 06/07/2019, às 16h00 - Atualizado às 16h23
Além do alto valor das terras e uvas e do complexo savoir-faire para combinar vinhos de diferentes variedades, terroirs e safras, outra caraterística de Champagne torna-o especial. Em um mundo cada vez mais veloz, em que os consumidores cada vez menos têm paciência para esperar um vinho envelhecer, os champenois seguem na contramão.
“Nossos vinhos são envelhecidos nas caves durante muitos anos antes de serem comercializados (dois anos em média da tirage ao dégorgement para Moët Imperial, o que significa, no mínimo, três anos da colheita até o consumidor, e sete anos para os Grand Vintage). No final desse período de longa maturação, vamos colocar no mercado quando considerarmos que estão prontos para beber. Uma vez comprados, não é necessário envelhecer por mais tempo”, pontua o chef-de-cave da gigante Moët & Chandon, Benoît Gouez.
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“No entanto, se quiser guardar uma garrafa para uma ocasião especial, você também pode. Pode-se conservar uma garrafa o mesmo tempo, ou mais, que elas passaram envelhecendo em nossas caves, devido ao contato prolongado com a levedura, que reforça o potencial de guarda. Por exemplo, se as condições de conservação forem adequadas (temperatura baixa e constante, umidade relativamente elevada e ausência de luz), pode-se manter uma garrafa de Moët Imperial por um ou dois anos, uma de Grand Vintage de cinco a 10 anos e uma de Grand Vintage Collection de 10 a 20 anos. Cuidado, contudo, pois todo vinho vai evoluir mais, ou menos, rapidamente e desenvolver notas oxidativas, e cabe a cada um saber apreciar, ou não, esse perfil aromático”, completa Gouez, que compara a atuação das leveduras com o papel dos taninos nos vinhos tintos.