Quinta do Crasto: a estrela portuguesa do Douro

Localizada às margens do rio Douro, em Portugal, a Quinta do Crasto é mais que uma vinícola. É um deleite aos olhos

Fabiana Pires Publicado em 11/08/2019, às 12h00

Cercada por vinhas e oliveiras, a Quinta do Crastro é formada por adegas, uma capela e uma casa de hóspedes. Dos 130 hectares, 70 são destinados às vinhas

A tradição vitivinícola do Vale do Douro é tão antiga que, no século XVIII, o Marquês de Pombal nomeou o lugar como a primeira região demarcada do mundo. O intuito do nobre português era delimitar a área para a produção essencialmente de vinhos do Porto, costume que, 200 anos depois, permanece intacto.

No topo de uma das elevações da região demarcada por Pombal, às margens do rio Douro, encontra-se a vinícola Quinta do Crasto. Cercada por vinhas e oliveiras, a propriedade é formada por adegas, uma capela e uma casa de hóspedes. Dos 130 hectares, 70 são destinados às vinhas. A forma de plantar em socalcos se deve à necessidade de retirar o xisto (mineral abundante na região) da terra e empilhá-lo formando degraus ao longo da elevação, impedindo, dessa forma, a erosão.

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Vista da piscina dá a impressão de ela

Com isso, a casa no topo da elevação fica rodeada por linhas de plantações de vinhas e de antigas oliveiras que vão circunscrevendo o monte até a sua base nas margens do rio Douro. Por apresentar essa formação, se deu o nome de Crasto à vinícola. Oriundo do latim, o termo signifi ca “forte romano”, antiga construção feita para rodear e proteger. Da mesma maneira, se tem na Quinta um forte, com a única diferença de que este é feito, predominantemente, pela natureza.

Viticultor trabalha diante dos paradisíacos montes do Douro

A integração da vinícola com o cenário se mostra em alguns detalhes da arquitetura da propriedade. A vista da piscina, por exemplo, aparenta ser uma continuação do rio Douro, metros abaixo dela. Além disso, o caminho para a capela é feito através de um bosque. Essas características mostram que o que foi construído tinha como intuito fazer parte da paisagem do Douro, se unifi car a ela. Consciência sensata de que, por mais bela que fosse a construção, o ponto alto da vinícola sempre seria o cenário que a rodeia.

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