O grupo Douro Boys indicou alguns dos melhores vinhos da região
por Redação
Os Douro Boys gostam de receber e são anfi triões generosos. Além de mostrar safras especiais de seus próprios vinhos, fazem questão de oferecer aos visitantes vinhos de outros produtores, representativos da rica tradição vinícola portuguesa. ADEGA provou alguns exemplares em viagem ao Douro.
Um dos ícones de Portugal. Primeiro grande tinto não-fortificado do Douro. No início, era produzido com uvas da própria Quinta do Vale Meão (hoje a principal fonte é a Quinta da Leda, que, como a marca, pertence à Sogrape). Como esperado, perdeu um pouco da cor e apresenta halo cor de ferrugem. Aromas terciários (fruta seca, ervas medicinais e a nota agreste típica do Douro). Na boca, conserva a acidez, um pouco de fruta e taninos suficientes para mostrar que ainda está vivo. Pode ser bebido (sozinho) com muito prazer por quem aprecia vinhos mais evoluídos.
Leia também:
+ Enoturismo no Douro, de barco!
+ Douro Kids: a nova geração dos Douro Boys
Produzido no Douro por Dirk Niepoort, que não esconde a paixão pelos vinhos do Mosel. Nunca foi comercializado (na época provavelmente nem poderia), daí o nome. Mais evoluído nos aromas (cogumelos, mineral, mel) do que na boca, é um vinho tipo Auslese, com bom equilíbrio entre acidez e açúcar (100 gramas). E apenas 6% de álcool. Hoje a Niepoort produz o que Dirk chama de um Riesling dócil, que recebeu o nome “Au, au”, em homenagem ao melhor amigo do homem.
Quase âmbar e quase só frutas secas no nariz e na boca. Oxidado. Boa acidez. Para tomar puro como um Jerez (ou um velho Tondonia branco).
O rótulo não indica, mas é um vinho da Bairrada. O halo cor de tijolo e as notas de frutos secos e ervas entregam sua idade, que o surpreendente frescor, principalmente na boca, desmente. Sedoso e elegante, ainda conserva taninos que não secam a boca. Uma comprovação de que mesmo sem a tecnologia atual, vinhos tradicionais portugueses podem evoluir muito bem.
Primeiro vinho tinto lançado pelo Crasto e uma das últimas magnuns disponíveis na adega da quinta. Já perdeu muita cor e tem grande halo atijolado. Além de notas medicinais e de ervas, apresenta aromas nitidamente animais e de couro, o que faz supor a presença de brettanomyces, levedura selvagem que aporta esse tipo de aroma. Na boca, ainda conserva um traço de fruta passada, quase seca, e boa acidez. O álcool (13%) se sobressai um pouco. Um atestado de competência ao enólogo David Baverstock, australiano de nascimento que se nacionalizou português, que assina o rótulo (hoje, Baverstock trabalha no Esporão, pertencente a outro ramo da família Roquette).
De cor âmbar bem escuro, com reflexos esverdeados também escuros, típicos da idade. Quase viscoso na boca. A palheta de aromas que se desprendem da taça desafi a a objetividade: figos secos, ameixas pretas, fumo de rolo, iodo e mel envelhecido. Para nós, brasileiros, pura rapadura. Na boca, impressiona pela ótima acidez e obviamente é doce, sem ser enjoativo, com um fi nal de boca muito longo. Só está a venda na própria quinta.
+lidas
1000 Stories, história e vinho se unem na Califórnia
Vinho do Porto: qual é a diferença entre Ruby e Tawny?
Pós-Covid: conheça cinco formas para recuperar seu olfato e paladar enquanto se recupera
Os mais caros e desejados vinhos do mundo!
Notas de Rebeldia: Um brinde ao sonho e à superação no mundo do vinho