Governo francês anuncia plano de saída de crise para a viticultura com €130 milhões, novos créditos, alívio social e pedido de apoio à UE

por Redação
A viticultura francesa contará com um plano nacional de saída de crise após anúncio do Ministério da Agricultura, em 24 de novembro de 2025. O governo confirmou a liberação de €130 milhões destinados principalmente ao arranquio definitivo de vinhas, medida solicitada pelo setor para conter excedentes e restabelecer a viabilidade econômica das regiões mais afetadas.
Segundo comunicado oficial, os recursos serão aplicados para “reequilibrar a oferta e restaurar a viabilidade das explorações em dificuldade”. O plano surge em meio à prolongada queda da demanda e ao acúmulo de estoques, especialmente em grandes bacias produtoras, que relatam prejuízos contínuos ao longo de 2025.
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Além do arranquio, o governo reabrirá em 2026 os empréstimos estruturais garantidos em 70% pela Bpifrance. Esses créditos, que haviam sido ampliados para 12 anos e cujo prazo de adesão terminaria em 2025, terão critérios revisados e serão acessíveis também a cooperativas. A flexibilização busca ampliar o alcance do financiamento em um momento de forte pressão sobre o caixa das propriedades.
O plano inclui ainda apoio social direto. Cinco milhões de euros foram liberados para cobrir parte das contribuições sociais dos viticultores em novembro, representando um terço da verba nacional destinada ao setor agrícola no segundo semestre. Para 2026, estão previstos novos alívios nas contribuições da MSA, totalizando €10 milhões, a fim de reduzir encargos e preservar a atividade em regiões mais expostas.
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A ministra da Agricultura, Annie Genevard, solicitou ao comissário europeu Christophe Hansen a mobilização da reserva de crise da União Europeia. O objetivo é financiar a destilação de estoques não comercializáveis, com prioridade às cooperativas, que concentram parte relevante dos volumes excedentes.
Com o conjunto de ações, Paris busca mitigar o impacto econômico do setor, reorganizar a produção e oferecer alternativas de curto e médio prazo para as explorações vitícolas que enfrentam níveis históricos de dificuldade.
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