Figaro!

Almaviva, a história do nome do ícone chileno

Almaviva é fruto da chilena Concha y Toro e a francesa Baron Philippe de Rothschild e o nome e o rótulo reflete essa história

Rótulo do Almaviva mostra a herança chilena e francesa
Rótulo do Almaviva mostra a herança chilena e francesa

por Dado Lancellotti @contra_rotulo

Almaviva é um projeto que reuniu a chilena Concha y Toro e a francesa Baron Philippe de Rothschild SA, do ícone Mouton Rothschild, com o propósito de criar um vinho premium intercontinental.

A joint venture entre as duas propriedades foi formalizada em 1997 e sua primeira colheita foi lançada em 1998 (vinho da safra 1996), com sucesso imediato.

Batizado de Almaviva, embora de ascendência hispânica, teve inspiração na literatura francesa clássica. Explico: o dramaturgo francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799) criou obras que ficaram famosas como “O Barbeiro de Sevilha” e sua continuação “As Bodas de Figaro”, cujo protagonista era um certo Conde de Almaviva.

Ambas foram adaptadas como peças teatrais e eram tão incríveis na época, que foram transformadas mais tarde em óperas e ganharam o mundo. “Fígaro” foi musicada por Johann

A história do nome do ícone chileno Almaviva
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Chrisostomus Wolfgang Amadeus, o genial Mozart.

No rótulo, uma homenagem à história antiga do Chile, com três reproduções de um design estilizado, que representa a visão da terra e do cosmos da civilização Mapuche, o povo indígena mais numeroso e representativo do território chileno.

O desenho aparece no kultrun, um instrumento de percussão usado em rituais daquele povo. O nome Almaviva está apresentado na grafia original de Beaumarchais e deste modo, duas grandes tradições, que simbolizam os países dos seus dois criadores, dão as mãos para oferecer ao mundo todo seu comprometimento de qualidade e prazer.

Almaviva é produzido a partir de um blend de variedades bordalesas, com predominância de Cabernet Sauvignon de Puente Alto e, em menor proporção, de Carménère (do famoso vinhedo de Peumo), mais Cabernet Franc e Merlot. No caso deste vinho, vou começar a brindar com “Figaro, Figaro, Figaro”.

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