16.set - Brasil e Argentina tentam acordo

Argentinos têm novo prazo para rever o contrato sobre o comércio da bebida

por Redação

A reunião entre os vitivinicultores brasileiros e os representantes argentinos do setor realizada em Bento Gonçalves (RS), nos dias 11 e 12 de setembro, representou mais um passo dado com a finalidade de renegociar o acordo para o comércio de vinhos entre os dois países.

Durante dois dias os representantes das cadeias produtivas da uva e do vinho do Brasil e da Argentina puderam - além de conhecer melhor a atual crise enfrentada pela vitivinicultura nacional - acompanhar o relatório preliminar de um estudo de mercado que trata da possibilidade de crescimento do mercado de vinhos de ambos os países.

Depois de uma manhã inteira de conversas e negociações, a comitiva argentina anunciou que não concorda com a elevação do piso mínimo, mas diante da perspectiva de evolução do mercado e sensibilizados com a grave crise que ameaça a absorção da próxima safra de uvas no Brasil, concordaram em reavaliar sua posição. Alegando que uma mudança de posicionamento dependia de novos contatos com os vitivinicultores argentinos, o setor vitivinícola nacional decidiu conceder o prazo de 10 dias para uma resposta definitiva.

Com relação ao contrabando de vinhos ficou estabelecida a realização de uma reunião, a convite dos argentinos, com o Instituto Nacional de Vitivinicultura (INV) daquele país, visando definir uma forma de identificação dos vinhos para exportação. O INV é o órgão que controla a produção e comercialização de vinhos tanto no mercado interno como no externo. A medida deverá facilitar a identificação do que é importado e o que é proveniente de contrabando.

Outra medida apontada pelos empresários argentinos como uma forma conjunta de alternativas para o desenvolvimento do setor vinitinícola do Mercosul foi a elaboração de um planejamento estratégico, liderado por Brasil e Argentina.

Estiveram presentes no evento as lideranças do Movimento em Defesa da Uva e dos Vinhos do Brasil que reúne representantes de mais de 30 entidades vitivinícolas e de trabalhadores rurais brasileiros, além da comitiva argentina que contou com a presença de várias personalidades do mundo do vinho.

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