por Redação
Em novembro de 2009, o crítico de vinhos da revista Wine Spectator James Suckling questionou "quanto tempo demorará para que Hong Kong passe Nova York como o centro dos leilões de vinho?", e, segundo algumas estimativas, a resposta pode ser "no primeiro trimestre de 2010".
O registro de quatro leilões realizados em Hong Kong de janeiro a março de 2010 superou os realizados nos EUA em 17% - a arrecadação foi de $28,501,810 e $24,343,625, respectivamente.
Pelo que consta, dois terços dos vinhos colocados em leilão superaram os preços previstos. O Château Laville Haut Brion Pessac-Léognan White 1995, por exemplo, ultrapassou em 358% a meta inicial e foi vendido a $252 cada garrafa. Já uma garrafa do Château Pétrus 1947 chegou a $7,260 (aumento de 332%).
Segundo Paul Hart, chefe executivo e um dos donos leiloeira Hart Davis Hart, "os resultados do primeiro trimestre de 2010 foram impulsionados pela forte licitação de colecionadores na Ásia, Europa e América do Sul, mas o núcleo do mercado continua a ser os EUA".
Hong Kong, no entanto, atrai mais "gastadores". O preço por lote em Hong Kong chega a ser três vezes mais caro que nos EUA. "O apetite por vinho em Hong Kong é insaciável", garante John Kapon, presidente da divisão de leilões da Acker. A loja estabeleceu um recorde ao vender um "superlote" de vinhos Lafite, contendo 70 garrafas de safras de 1799-2003 por $330,155.
Não é de se admirar que muitos colecionadores norte-americanos agora estejam olhando para o leste quando se trata de leiloar as garrafas de suas adegas, na esperança de conseguir preços exorbitantes.
Entretanto, é possível que na medida em que o mercado de Hong Kong amadureça, os preços caiam até chegar na média mundial.
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