Inúmeras pesquisas apontam que o consumo moderado de vinho é capaz de proporcionar bem-estar físico e mental
por Carolina Almeida
Pesquisas comprovam que consumo de vinho pode causar sensações de prazer e felicidade
Um ditado bastante difundido no mundo do vinho diz que dinheiro não pode comprar a felicidade, mas pode comprar vinho, que é a mesma coisa. Apesar de ser uma brincadeira, a frase parece ter fundamentos científicos. Uma pesquisa feita na Nova Zelândia, na Universidade de Otago, revelou que casais que reservavam um tempo para tomarem uma taça de vinho juntos são mais felizes do que aqueles que não têm esse costume.
Questionando mais de 1.500 parceiros, a equipe percebeu que a satisfação, não só no casamento como nos demais aspectos da vida, crescia de maneira proporcional ao tempo que eles reservavam para degustar vinhos juntos. Os resultados mostraram que 91% dos casais que têm esse costume desfrutam da companhia um do outro e estão satisfeitos com o relacionamento, um número bem acima daquele visto em casais abstêmios.
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O resultado também mostrou que as mulheres tendem a ficar quatro vezes mais felizes quando degustam um vinho com o parceiro pelo menos uma vez por semana, enquanto nos homens o grau de satisfação triplica.
Outra pesquisa semelhante, dessa vez conduzida por canadenses, concluiu que o vinho, assim como outras bebidas alcoólicas, traz bem-estar e felicidade. Os autores do estudo, publicado no Journal of Studies on Alcohol and Drugs (Revista de Estudos sobre Drogas e Álcool), acompanharam durante 14 anos 5.400 canadenses de meia idade e chegaram à conclusão de que consumidores prudentes de vinho e outras bebidas alcoólicas se mostraram mais felizes e com menos problemas de saúde em comparação com abstêmios, ex-consumidores ou consumidores excessivos.
Durante o período, os voluntários mantiveram hábitos de consumo considerados moderados (até três taças de vinho por dia para homens e duas para mulheres) e frequentemente eram questionados a respeito de problemas de saúde, humor e estado emocional, informando com que frequência sentiam “tanta tristeza que nada conseguia animá-los” e quando “tudo parecia ser muito difícil”. Os resultados foram obtidos através de pontos – em que 1,0 significava perfeitamente saudável e 0,36 correspondia a uma incapacidade emocional alta.
Enquanto os consumidores moderados foram os que mais demonstraram equilíbrio – a pontuação média foi de 0,89 – os consumidores excessivos chegaram aos 0,86, seguidos dos abstêmios (0,78) e dos exconsumidores (0,74). Ao reportar o resultado, a equipe afirmou que o estudo mostra que, à medida que as pessoas envelhecem, as relações interpessoais diminuem, e, talvez por isso, encontrar uma ocasião para beber com amigos traga algum bem-estar.
Uma terceira pesquisa, realizada na Dinamarca e publicada no Archives of Internal Medicine, apresentou resultados similares ao assinalar que pessoas acostumadas a beber vinho são mais felizes, mais inteligentes e se adaptam melhor a qualquer circunstância. Os voluntários, de idades entre 29 e 34 anos, tiveram índices de inteligência que chegaram aos 113.2, número bastante significativo se comparado ao índice encontrado em bebedores de cerveja, por exemplo, que alcançaram 95.2. Essa investigação também demonstrou que as mulheres que consomem vinho tendem a ser menos neuróticas e mais extrovertidas do que as demais, enquanto os bebedores de cerveja são mais propensos a abusar de álcool.
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