Pesquisa sugere que o compositor poderia ter morrido por chumbo contido no vinho tinto
por Redação
A verdadeira causa da morte, em 1827, de Ludwig van Beethoven, um dos maiores gênios da música de todos os tempos, ainda é controversa. Acredita-se que ele tenha morrido devido à cirrose hepática, com pancreatite e peritonite (uma infecção do revestimento interno do estômago) como fatores contribuintes.
Beethoven era conhecido por beber excessivamente – diz-se que ele bebia uma garrafa de vinho por refeição – e até o final de sua vida estava acamado com problemas no fígado e pâncreas, enxaquecas e dores abdominais. Ele morreu em 26 de março de 1827, com 56 anos, depois de tentativas fracassadas de médicos na tentativa de revivê-lo.
No entanto, uma pesquisa recente sugere que o compositor pode ter sido morto pela presença de chumbo em seu vinho tinto. A tese publicada em La Libre Belgique por Fabrizio Bucella, da Université Libre de Bruxelle, sugere que não foi simplesmente o excesso de álcool o culpado pela morte de Beethoven, e que seus médicos podem ter encoberto a verdade na autópsia para liberar um atestado de óbito limpo.
Em 2013, surgiram novas evidências sobre a morte. Uma análise toxicológica de seus cabelos e ossos encontrou concentrações venenosas de chumbo no momento da morte. Inicialmente, pensou-se que Beethoven tivesse sido exposto ao chumbo por meio de taças de cristal de chumbo, mas Bucella argumenta que isso “não pode explicar a concentração medida”em seu corpo.
“Portanto, outra hipótese deve ser postulada: a de intoxicação pela adição de chumbo diretamente no vinho”. Os vinhos que Beethoven desfrutou durante sua vida – geralmente de qualidade inferior da Alemanha e Hungria – eram frequentemente “tratados”com litharge, uma forma mineral de monóxido de chumbo, para suavizar o caráter “azedo”.
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