03.mar - Homenagem

Cineasta português Manoel de Oliveira é homenageado com vinho centenário

por Redação

O Museu do Douro decidiu homenagear o cineasta português Manoel de Oliveira, que já fez trinta e dois longas-metragens, com o lançamento do Vinho do Porto 100 - Centenário de Manoel de Oliveira. Trata-se de um Vinho do Porto raríssimo, um Tawny 100 anos, produzido na própria quinta do cineasta. O autor do vinho foi o enólogo João Nicolau de Almeida.

A vontade de produzir o vinho era antiga e partiu do filho mais velho de Manoel de Oliveira. Tudo começou quando há cerca de quinze anos o cineasta ofereceu uma garrafa de vinho ao pai de João Nicolau de Almeida, cuja reação foi inspiradora. "Naquela altura, o pai Nicolau escreveu-me uma carta em que dizia: Isto é um vinho de museu!", conta.

Após o elogio, Manoel de Oliveira e seu filho decidiram deixar o vinho envelhecer um pouco mais, até completar seus 100 anos. Mas a idéia não parou por aí - lançariam o vinho durante o centenário do cineasta. Desde sempre, sabia-se que isso aconteceria no Museu do Douro.

A produção do vinho envelheceu numa só pipa de 600 litros. Somente 300 garrafas foram preenchidas, agora à venda no Douro, sendo que o rótulo foi desenhado por Álvaro Siza Vieira.

Segundo o enólogo, o vinho é "tão rico que a cada prova se revela de uma maneira diferente. Neste mundo de complexidade, a cor revela-se com várias tonalidades, indo do topázio, amarelo e dourado até ao esverdeado dos vinhos, com longo e bom envelhecimento. Ao cheiro, o primeiro contacto é macio e ténue, deixando depois exalar aromas de esteva, marmelo, tabaco, damasco, noz, caramelo, anis, flor de laranja. É uma sequência de aromas interminável".

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