Primavera e verão

Colheitas em algumas regiões da Itália podem somar perdas de 30%

Dificuldades climáticas, incluindo secas e geadas, afetaram os vinhedos do país neste ano

por Por Maria Bolognese


Algumas regiões da Itália calculam que os rendimentos da safra 2017 diminuam em até 30% dadas as dificuldades climáticas deste ano. A associação de agricultores italianos Coldiretti informou que esperam de 10% a 15% de perdas em relação a 2016. Em regiões como Franciacorta a estimativa é de 30% devido às geadas da primavera. As secas no Chianti e outras denominações na Toscana durante o verão também contribuiram para a redução do volume de produção em aproximadamente 20% a 30%.
O inverno seco e suave provocou brotos de videira precoce que foram atingidos por danos tardios, seguidos de "seca persistente e tempestades de granizo localizadas". No entanto, a chuva do início do verão, seguida do calor em julho, aumentou os níveis de açúcar residual nas uvas, antecipando a colheita, como aconteceu na Sicília, que iniciou a colheita quase três semanas antes, e em Franciacorta, no norte do país, começando dez dias antes do usual.
O vice-presidente do consórcio de produtores de Francaciorta, Silvano Brescianini, diz que houve uma grande diferença no processo de amadurecimento das uvas em cada região; fruto do atípico clima frio na primavera, que provocou uma recuperação desigual das videiras. Muito dependeu das medidas tomadas por cada vinhedo e da extensão do dano sofrido, e que provavelmente as vinhas afetadas pelo desequilíbrio climático terão um rendimento menor.
No entanto, Brescianini observou que as temperaturas diurnas mais elevadas em maio e junho, e um clima chuvoso variável seguido de intenso calor em julho, catalisaram a maturação da uvas e, assim, as parcelas não afetadas pelas geadas da primavera provavelmente resultarão em uma colheita de maior qualidade e nenhuma ameaça de doença fúngica.

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