por Redação
Barris em adega de Bordeaux: "Os distribuidores tendem a segurar o estoque, principalmente das ''first growths''. Muito pouco é liberado". |
Os comerciantes britânicos alegam terem sido negligenciados na distribuição das bebidas, enquanto outras empresas foram indevidamente favorecidas.
"O que realmente me surpreende é que, no final das contas, o sistema de distribuição não leva em conta o crescimento das empresas quando adotam esses métodos", disse o chefe-executivo da Fine + Rare, Mark Bedini, ao site decanter.com.
O empresário acredita que, além desse sistema prejudicar os negócios de algumas redistribuidoras, ele também afeta os consumidores "Os negociantes não estão interessados em saber nada sobre o nosso negócio. Eles deveriam, supostamente, estar distribuindo vinhos para que eles sejam devidamente espalhados por todo o mercado, mas acabam desapontando muitos de seus consumidores", desabafou.
Gary Boom, comerciante britânico da rede Bordeaux Index, relatou que suas atribuições foram "justas", mas criticou os negociantes da região francesa por terem liberado muito pouco das safras mais procuradas pelos consumidores. "Os distribuidores tendem a segurar o estoque, principalmente das ''first growths''. Muito pouco é liberado. Eu gostaria de vê-los tentando redistribuir seus próprios vinhos", disse ele.
Os negociantes de Bordeaux, no entanto, se defenderam. "Nós tivemos que balancear as distribuições deste ano e, aparentemente, algumas empresas não estavam preparadas para isso", disse Bill Blatch da distribuidora francesa Vintex.
Apesar da demanda por vinhos da safra 2009 estar sendo maior do que a sua oferta no mercado, os negociantes afirmam ter colocado o máximo de vinhos que poderiam à disposição dos consumidores. No entanto, Laurent Ehrmann, diretor da Barrieres Freres, destaca: "Nós temos sido particularmente fiéis a quem comprou a safra 2008".
Confira as últimas notícias do mundo dos vinhos...
+ Enólogo espanhol multiplica naturalmente antioxidante benéfico para saúde
+ Champanhe encontrado em navio naufragado não é Veuve Clicquot
+ Nova Zelândia busca foco em qualidade para combater recessão
+ Washington planeja centro de pesquisa do vinho de US$ 26 milhões
+ Hong Kong se torna o quarto maior importador de vinhos dos EUA