Ganhando terreno

Confira como tem se comportado o mercado de vinhos brancos importados

Realizamos uma análise dos países de onde importamos e mais informações sobre as marcas

por Por Christian Burgos e Felipe Galtaroça

Há alguns anos, toda equipe de degustação de ADEGA vem tomando mais brancos em casa. Assumimos quase como uma obrigação apresentar as maravilhas do mundo do vinho branco com matérias na revista, além de incluí-los no Clube ADEGA e em nossos eventos. Por isso, comemoramos o crescimento modesto, mas constante, da participação dos brancos entre os vinhos importados no Brasil.

Que crescimento foi esse? Para poder analisar os números, ADEGA anuncia, com orgulho, uma parceria com a Ideal Consultoria, especializada em dados estatísticos e estratégicos sobre a importação de vinhos no país. Felipe Galtaroça vai nos ajudar a destrinchar dados, analisá-los e trazer informações relevantes e interessantes sobre nosso mercado. Neste primeiro artigo, exploramos o crescimento do consumo de vinhos brancos no Brasil. E, com a agilidade de Galtaroça e sua equipe, conseguimos analisar a fundo números recentes, comparando os três primeiros meses de 2016 versus o mesmo período do ano anterior, por exemplo.

Assim, nos primeiros três meses de 2016, tivemos um crescimento de 1,5% em valor FOB e 7,8% em volume na importação de brancos quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Evolução dos brancos

Sempre foi lugar comum dizer que o Brasil é um “país de tintos”, afinal, eles respondiam por 85% dos vinhos tranquilos por aqui. Brancos e rosés responderiam pelos outros 15%. Hoje, os brancos vem ganhando terreno e sua participação na importação entre janeiro e março de 2016 já responde por 19,3% do total. Sim, continuamos um “país de tintos”, mas podemos identificar uma tendência de valorização no consumo dos brancos. Por ora, os números mostram que os rosés continuam andando de lado, próximos a 2% do mercado.

A análise dos países de onde importamos brancos também traz informações interessantes. Chile, já acostumado a liderar por aqui, respondeu por 47,6% de participação FOB, com Portugal em segundo, com 16,8%, Argentina em terceiro, com 12,2%, e Itália em quarto, com 11,7%.

 O maior crescimento de market share FOB foi mesmo do Chile, que saltou de 33,2% para 47,6% quando comparamos janeiro a março de 2016 com o mesmo período de 2015. Já os valores FOB por caixa mais elevados são: 1º – França; 2º - Nova Zelândia; e 3º - Estados Unidos.

Interessante também notar como a participação dos supermercados e das empresas ponto com cresceram quando o assunto é importação de vinhos brancos. Nos três primeiros meses de 2014, os supermercados respondiam por 15,3% das importações e, neste ano, responderam por 33,6% da importação de brancos. As ponto com também cresceram, de 3,8% para 9,3%.

Marcas

As 10 marcas mais importadas no primeiro trimestre do ano são:

As três principais marcas por país são:

Os principais importadores de vinhos brancos de janeiro a março de 2016 são:

 Avaliando os preços FOB, vemos que 42% do volume importado tem caixa entre US$ 20 e US$ 29,99, seguido da caixa com FOB até US$ 19,99 com 27%, e depois, entre US$ 30 e US$ 39,99, com 17%. Essas três categorias respondem por 86% do mercado.

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