por Redação
De acordo com os produtores, a medida, colocada em pauta no dia 15 de Abril, é apoiada pelo lobby de poderosos distribuidores de bebidas alcoólicas, que vão se beneficiar com a aprovação.
Esta luta política que se desenha pode tomar grandes proporções se for levada a debate público, já que envolve questões constitucionais e que esbarram na tão prezada "liberdade".
Tom Wark, diretor executivo da Speciality Wine Retailers Association, afirmou em seu blog pessoal que os congressistas "estão prestes a aprovar a lei mais onerosa desde a implantação da Lei Seca".
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A Lei Seca entrou em vigor nos EUA em 1920 e proibia a fabricação, varejo, transporte, importação ou exportação de bebidas alcoólicas, amplamente apoiada por movimentos religiosos. Entretanto, a proibição revoltou partes da população e a bebida passou a ser comercializada no mercado negro. Por fim, totalmente ineficaz, a Lei foi extinta em 1933.
Após a abolição da Lei Seca pelo Congresso norte-americano em 1933, cada estado ganhou controle total sobre a regulação do álcool em suas fronteiras. Entretanto, a Cláusula de Comércio, disposição prevista na Constituição doa EUA, autoriza o Congresso a regulamentar o comércio entre os estados.
O objetivo do projeto, segundo a oposição, é impedir que vinícolas e consumidores travem ações judiciais contra as leis dos estados que considerem discriminatórias.
Mike Thompson, vice-presidente do Congressional Wine Caucus, afirmou que caso seja aprovada, a medida vai "devastar as indústrias de vinho californianas e de outros estados, estagnar o crescimento econômico e prejudicar os consumidores".
A lei vai prejudicar, em maior escala, os produtores artesanais e pequenos, cujos vinhos os atacadistas não se interessam, e que têm suas vendas baseadas na relação direta com o consumidor final.
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