26.jan Consumidores de vinho em pé de guerra

Consumidores de vinho em pé de guerra no Reino Unido

por Redação

Consumidores de vinho da classe média inglesa estão travando uma batalha com o governo, tudo porque, na última quinta-feira, números oficiais mostraram que o consumo doméstico excessivo está colando a saúde desses consumidores em risco.

De acordo com a Secretaria Nacional de Estatísticas (ONS) profissionais de meia-idade da classe média são os que mais abusam da ingestão diária de álcool, bebendo o dobro durante cada noite da semana, mais até do que a classe trabalhadora.

O estudo, realizado em 2007, ainda aponta que os consumidores da classe média estão mais suscetíveis a ingerirem bebidas mais fortes, que ultrapassam o dobro do limite recomendável, que é de três a quatro doses para os homens e de duas a três para as mulheres, por dia.

Outro dado divulgado pela ONS mostra que 43% dos profissionais da classe média  excedem o limite diário de álcool, e que um em cada cinco adultos toma mais que o dobro do limite indicado.


Norman Lamb, porta-voz dos Liberais Democratas disse que as estatísticas sobre a saúde levantam a cortina sobre a gravíssima epidemia que existe na classes média britânica, e que até então passava despercebida.


Já Gavin Partington, porta-voz da Associação do Comércio de Vinho e Outras Bebidas (Wine and Spirits Trade Association) discorda dos números mostrados na pesquisa: "Na nossa atual conjuntura econômica não é bom para o governo falar para as pessoas pararem com seu prazer de tomar um vinho em casa, quando já não há muitos prazeres".

Ele ainda acrescentou que "orientações questionáveis" estão sendo transformadas em limites que não representam perigos, e que não houve um senso de perspectiva. Além disso, Partington afirmou que "o consumo anual de álcool tem diminuído desde 2004, e em 2008 assistimos a maior queda, então, já estamos bebendo bem menos do que antes. Os Sermões para as pessoas comuns que tomam vinho em casa não terão qualquer ressonância".


O Ministério da Saúde na Inglaterra quer que os resultados do estudo sejam publicados nos rótulos de todas as bebidas alcoólicas, incluindo nas garrafas de vinho, e para isso está monitorando a indústria do setor.

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