Vinho - 27.Jul - Saúde

Consumo moderado de vinho pode proteger mulheres contra o câncer de mama

por Redação

Pesquisas médicas sobre a relação entre álcool e câncer de mama têm dado uma nova perspectiva, mas também têm deixado os riscos pouco claros.

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Relação entre câncer de mama e vinho pode depender dos genes que a mulher tem
Um novo estudo descobriu que o consumo moderado de vinho pode proteger mulheres contra o câncer de mama. Mas apenas mulheres com certa mutação genética podem aproveitar esse benefício. Mulheres com uma mutação diferente, por outro lado, podem estar em risco maior ao consumir álcool.

O estudo vem dos centros de pesquisa das universidades de Montreal, Ottawa e Toronto, e está previsto para ser publicado no periódico The Breast Journal. O câncer de mama é a segunda principal causa de morte entre as mulheres canadenses.

O objetivo dos pesquisadores era validar o estudo de 2007, World Cancer Research Fund, o qual encontrou uma relação convincente entre o consumo de álcool e altos riscos de câncer de mama. Estudos anteriores também sugeriam que genes BRCA que os quais sofreram mutações contribuíam com o risco.

Os genes BRCA normalmente operam como supressores de tumor. Mutações, no entanto, podem se revelar prejudiciais. As mutações são hereditárias, de acorsdo co o Institute Nacional de Câncer, e só podem ser detectados com um rastreamento genético.

A principal autora do estudo, Jéssica Dennis, pesquisadora e doutoranda na Dalla Lana School of Public Health, da Universidade de Toronto, disse que mutações são raras em geral, apesar de algumas etnias, como os judeus asquenazes, que parecem estar sob maior risco.

E nem toda mulher que tem uma mutação BRCA prejudicada irá desenvolver câncer de mama. "Qualquer teste para mutações no gene BRCA deve ser feitas sob consulta de um médico", disse Dennis. "O mecanismo pelo qual o álcool aumenta o risco de câncer de mama é mal compreendido. E da mesma forma, as razões pelas quais o vinho pode proteger não são claras".

Com estudo, os cientistas perceberam que mulheres com um certo tipo de mutação genética (BRCA1) têm 62% menor probabilidade de desenvolver esse tipo de câncer se elas bebem vinho. Por outro lado, mulheres com outro tipo de mutação (BRCA2) mostraram um risco de 58% maior de desenvolvê-lo.

Eles acreditam que o impacto observado pode ser devido à presença do polifenól presente na uva, o resveratrol. "O resveratrol, produzido pelas videiras como resposta a lesões, e encontrado especialmente no vinho tinto, pode mediar a associação inversa entre o câncer de mama e o consumo de vinho", reportou o estudo.

O resveratrol se liga aos receptores de estrogênio e ajuda a regular a atividade dos genes BRCA1 que sofreram mutação, acreditam os pesquisadores. O BRCA2 não é receptivo ao resveratrol, para eles. "O consumo de vinho pode reduzir o risco do câncer de mama associado ao BRCA1, relativo ao risco dessa doença dentre os não portadores de mutações", concluiu o estudo.

"Se alguém opta por beber vinho, e especialmente vinho tinto, é uma boa escolhe", disse Dennis. "Contudo pode haver outros ingredientes no vinho que causem o decréscimo dos riscos, os resultados podem ser explicados por tendências". São necessárias novas pesquisas para que explorar essa relação do vinho com o câncer de mama.

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