por Redação
Na Austrália, grandes companhias de vinho têm pedido uma reforma tributária, contradizendo o governo federal australiano, que se recusa a considerar uma mudança nos impostos de vinho.
Excesso de oferta deve-se ao sistema de impostos |
É o próprio sistema tributário, contudo, que está sustentando o excesso de uvas, disseram duas empresas, cujos rótulos incluem Jacob's Creek, Penfolds e Lindemans.
Em suas alegações ao encontro relativo aos impostos que ocorrerá no mês que vem, a Premium Wine Brands e a Treasury Wine Estates pedem a abolição do imposto de equalização do vinho, argumentando que ele distorceu o mercado.
Eles pedem uma versão modificada da taxação volumétrica, a qual aplica impostos ao nível de álcool. Esse sistema tem sido recomendado pelo governo para desencorajar o problema com bebidas que podem custar menos que uma garrafa d'água.
"O excesso de oferta estrutural do vinho australiano e a liquidação de vinhos em ambos os mercados doméstico e de exportação está causando danos imensuráveis à indústria vinícola australiana e ameaça sua viabilidade a longo prazo", disse a Premium Wine Brands em sua apresentação.
Essa postura das grandes empresas levou à Fundação de Educação Alcoólica e Reabilitação pedisse ao governo que repensasse essa questão.
O presidente da Treasury Wine Estates, David Dearie, disse que essa equalização deve ser abolida ou fundamentalmente reformada.
"É insustentável ter um mecanismo tributário que inibe a reestruturação fiscal e funciona contra os melhores interesses a longo prazo da nossa indústria, além de custar aos contribuintes australianos mais de 20 milhões de dólares por ano", ele disse.
Mesmo assim, o governo não selecionou nenhum representante do setor de saúde do álcool para participar da conferência.
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