Castilla y León traz de volta variedades espanholas que eram dadas como extintas
por Glaucia Balbachan
Amostras de variedades ancestrais recuperadas pela família Torres. (Jordi Elias)
Cenicienta, ou Cinderela. Longe de ser uma princesa, essa uva compartilha uma história de abandono, porem com final feliz. Picante, alegre, com acidez, estrutura e persistência, foi a estrela de uma degustação no Instituto Tecnológico Agrário de Castilla y León na Espanha (ITACYL).
Os técnicos estudaram, recuperaram e multiplicaram a casta extinta e agora aguardam para que o plantio seja autorizado. Foi um longo trabalho de quase duas décadas para identificar variedades, que em alguma época foram deixadas de lado devido à dificuldade de cultivo, baixos rendimentos ou por não ter atingido bom amadurecimento.
Mas hoje, no contexto de aquecimento global, pode proporcionar a acidez e frescor necessários com bom potencial de qualidade ou simplesmente serem uma fonte de diversidade de novos sabores.
Agora uma das apostas fortes é da Família Torres. Sua coleção varietal inclui plantações de Querol crescendo em seus Grans Muralles, a Forcada, variedade branca de acidez muito boa, que já está no mercado ou mesmo o Pirene, cheia de frescor, ervas e frutas crocantes, que crescem na fazenda Tremp nos Pré-Pirineus Lleida (que será o próximo lançamento da vinícola).
O interesse por todas essas uvas é notável, agora nos resta aprender seus nomes novos e apreciá-las. A nova Cinderela é mais que bem-vinda.
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