Languedoc-Rosillón vive explosão de produtores estrangeiros

por Redação

Considerada a "prima pobre" das aclamadas Bordeaux e Borgonha, a região de Languedoc-Rosillón está vendo, a cada dia que passa, a chegada de mais e mais produtores estrangeiros, vindos especialmente da Grã-Bretanha, Austrália e EUA, para mudar os horizontes da zona, que produz, anualmente, mais de 180 milhões de garrafas de vinho com denominação de origem.

Alguns deles chegam à região, que faz divisa com a Espanha e é banhada pelo mar mediterrâneo, por conta dos preços relativamente baixos, pelo bom clima e por um terreno que abrange desde altas colinas até planícies e zonas costeiras, como é o caso de Charles Simpson, um ex-executivo da indústria farmacêutica britânica que, junto à mulher, comprou uma vinícola há uma década e já coleciona títulos internacionais em seus vinhos. "Quando cheguei a Languedoc, o cenário era o contrário do que vemos hoje. Todos estavam querendo fugir daqui", conta.

Clique aqui e leia a entrevista de ADEGA com Gregory Hecht, négociant de Languedoc-Rosillón

A Master of Wine Jancis Robinson, que tem uma casa na região, concorda com a opinião do produtor. "Como tudo no mundo do vinho, a preocupação pela quantidade acabou e foi mudada pela qualidade. Parece que são, cada vez mais, os pequenos produtores, ambiciosos e decididos por bons vinhos, que fazem os rótulos de melhor caráter".

Outro produtor, também estrangeiro, de Languedoc finaliza com um pensamento otimista: "Esse é um lugar onde um enólogo inovador e atrevido pode mudar as coisas. Mas para termos reconhecimento ainda precisamos de 20 anos".

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