por Redação
O produtor Ned Hill mostra uvas destruídas. Cerca de 30% do total da produção foi queimado pelo sol. |
Mas qualquer esperança foi embora logo depois de 43º C atingirem suas vinhas na terça-feira (24).
"As uvas foram cozinhadas, elas realmente foram cozinhadas", desabafou Ned Hill, supervisor de 13 vinícolas da região. De acordo com ele, os frutos resistiram bem quando o termômetro marcou 40ºC, mas no momento em que mais três graus foram marcados, ele sabia que teria problemas.
"Todos foram prejudicados", afirmou. Segundo ele, acredita-se que a indústria como um todo tenha perdido 10%, "e isso é uma média entre as pessoas que perderam em torno de 30% e aquelas que não perderam nada".
O produtor explicou que, na verdade, o que causou todo o problema foi uma seqüência de acontecimentos que colidiram no evento da terça-feira passada.
Com uma primavera úmida e um verão frio, as uvas não estavam prontas para enfrentar um calor tão forte. Além do mais, para lutar contra fungos e mofos recorrentes dessa umidade, vinicultores cortaram as folhas que davam cobertura aos frutos, para permitir que o vento os secasse. Com isso as uvas ficaram desprotegidas e, como estavam maiores do que o normal este ano, suas cascas estava mais finas e mais suscetíveis a ressecarem.
Os produtores ainda não sabem o que fazer. "Isto é sério. Ninguém consegue lembrar se algo assim já aconteceu antes. A grande questão é o que fazer sobre isso agora", lamentou.
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