Plantações chilenas sofrem com as consequências do terremoto

Além de desabrigar mais de dois milhões de pessoas, o terremoto que atingiu o Chile no último sábado não poupou a indústria do vinho do país. Com magnitude de 8,8 (o que devastou o Haiti teve magnitude 7), diversas áreas foram devastadas e tiveram suas plantações afetadas.

Mapa das regiões vinícolas do Chile

Algumas infra-estruturas, especialmente das regiões de Maule e Rapel, localizadas perto do epicentro, tiveram danos gigantes. Outras, mais ao norte do país, também sentiram o sismo.

O vinho é a principal indústria de duas das regiões mais próximas ao epicentro do terremoto: Maule e Bio-Bio. Por isso, a recuperação das vinícolas será crucial para reerguer a economia das áreas.

Sven Bruchfeld, vinicultor de Curicó, comuna de Maule, lamentou o ocorrido e disse que milhões de litros de vinhos foram perdidos. "Eu perdi 50% dos meus vinhos ''09 Polkura e não tenho idéia de como estão os ''09 Aylin Sauvignon Blanc, já que as garrafas estão espalhadas por todos os lados. O terremoto causou muitos danos para a indústria".

Através do Twitter, diversos produtores estão mandando notícias sobre a situação de suas vinícolas. Algumas notícias são boas, e mostram que a destruição não foi tão grande. Outras, entretanto, parecem ser bastante desanimadoras. Há quem relate perda de mais de mil litros de vinho.

A colheita prestes a ser iniciada, as instalações danificadas e a falta de energia elétrica serão outros problemas que os produtores terão que enfrentar. "Nós queríamos começar a colher as uvas brancas na quinta-feira, mas sem eletricidade vai ser impossível", comentou Patrick Valette, do Vale de Colchagua.

Dependendo da região e da variedade da uva, a colheita seguirá seu calendário normal e será iniciada nos próximos dias.

Você pode acompanhar as informações das vinícolas através dos tweets do crítico de vinhos chilenos do Wine Spectator, James Molesworth, acessando http://twitter.com/jmolesworth1/.

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