Vinho - 30.Ago - Vinho judaico

Primeiro clube de vinho kosher do mundo é criado na Argentina

por Redação

Segundo a agência EFE, acaba de ser criado na Argentina, país que abriga a maior comunidade judaica da América Latina, o primeiro clube de vinhos kosher do mundo, iniciativa que busca atrair amantes de vinhos finos, mas fiéis aos seus preceitos religiosos.

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O vinho kosher é produzido sob a supervisão de um rabino
O Kosher Wine Club (KWC) dá aos seus sócios, a cada dois meses, acesso a vinhos exclusivos, que não são comercializados por outros meios, já que são elaborados sob a supervisão de um rabino.

"O processo de elaboração é igual a de outros vinhos. A diferença, ao ser kosher, é que temos a certificação de um rabino", disse Mariana Gil Juncal, sommelier do KWC.

Entre outras particularidades, para ser kosher - palavra hebraica que significa "apto" - as uvas, uma vez que entram no processo de elaboração do vinho, devem ser manipuladas unicamente por pessoas autorizadas pelo rabino, que certifica todo o processo.

Essas pessoas devem ser, segundo Gil Juncal, observadoras do Sabbat e estudiosas da Torá.

Esse tipo de vinho tem outras singularidades: é consumido durante as Páscoas judaicas, e não pode conter levedura. O KWC envia aos seus associados vinhos exclusivos, que são elaborados na bodega Uva Negra Wine, na província de Mendoza.

Embora o clube produza variedades como Merlot e Cabernet, sua grande aposta é a Malbec, a bandeira da Argentina, que não dá origem a vinhos kosher em outras partes do mundo.

"Catalogavam [o vinho kosher] como vinho doce, sem qualidade. Na verdade, ele era voltado apenas para cerimônias religiosas. Mas nos últimos anos essa situação mudou, e são feitos vinhos de qualidade", disse Gil Juncal.

Segundo a especialista, em uma degustação às cegas, não é possível diferenciar o vinho do KWC de outros convencionais de alta qualidade.

O valor desse tipo de vinho é de por volta de 65 pesos (25 reais) por garrafa, um pouco mais caro que a média por conta da certificação do rabino.

O clube traçou como objetivo alcançar, até o final do ano, 500 sócios na Argentina, enquanto planeja lançar franquias em outros países e explorar a possibilidade de exportar seus vinhos.

MAIS: Saiba qual é o papel do vinho nas diversas religiões

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