Prosecco Rosé?

Produtores estão próximos de permitir espumantes rosés na denominação

por Redação

No dia 9 de maio, produtores do Consorzio Prosecco DOC apoiaram uma proposta para criar
regras de produção de espumantes rosés – com mistura de vinho tinto. Atualmente, os vinhos Prosecco DOC podem ser produzidos com 15% de Pinot Noir, no máximo, mas a uva só deve ser usada para criar espumante branco.

Se aprovada a medida, os produtores poderiam misturar a Prosecco (Glera) com Pinot Noir, para criar o Prosecco rosé dentro da denominação. No entanto, a ideia do Prosecco rosé tem sido ventilada há alguns anos entre os produtores. “Hoje é o momento certo para produzir o Prosecco rosé. Isso não é uma manobra. A Pinot Noir é uma uva nobre e a nova categoria será reservada para as versões ‘espumante’ de melhor qualidade, não para as ‘frizzantes’”, disse Stefano Zanette, presidente do Prosecco DOC.

“O rosé é uma direção natural para Prosecco e o crescente reconhecimento de sua qualidade. O risco é que tenhamos o cuidado de evitar mais pressão sobre os preços do Prosecco após dois anos de escassez de uvas”, apontou Gianluca Bisol, dono da Bisol.

“Acho que o rosé poderia facilmente se tornar 20% de nossa produção”, disse Giancarlo Moretti Polegato, proprietário da Villa Sandi. “Isso adicionará valor à denominação. Queremos plantar mais Pinot Noir. Será uma vantagem para os nossos produtores de uva, ajudando a evitar a monocultura nas vinhas apenas com Glera ou Pinot Grigio”, concluiu.

Outros, porém, criticam a medida. “O Prosecco rosé não tem base histórica. Corremos o risco de confundir os consumidores. Que possa ser feito, mas não com o nome Prosecco”, afirma o ex-presidente do conselho da DOCG, Franco Adami.

Em 2017, os números mostram que foram produzidos 440 milhões de garrafas de Prosecco
DOC, mais 90 milhões rotulados como Prosecco Conegliano Valdobbiadene DOCG e 10 milhões como Asolo Prosecco DOCG.

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