Grandes diferenças

Qual é a diferença entre vinho fino e vinho de mesa?

Conheça os detalhes que diferem um vinho fino de um vinho de mesa

Segundo a legislação brasileira há significativas diferenças entre os estilos
Segundo a legislação brasileira há significativas diferenças entre os estilos

por Redação

Vinho fino e vinho de mesa não são termos vagos e os dois são nomenclaturas oficiais que não podem ser utilizadas indiscriminadamente. Há regras que determinam o que é um e o que é outro e penalidades para empresas que não seguirem as normas.

Assim, existem 5 características fundamentais de cada categoria:

Vinho fino

  1. Produzido somente a partir de uvas Vitis vinifera. Uma espécie de videira que nasceu na Eurásia – o bloco continental que vai do leste da Europa até o extremo da Ásia. Estudos mostram que as primeiras videiras da espécie Vitis vinifera provavelmente nasceram onde hoje é a Geórgia. Pertencem à esse grupo as uvas como Cabernet Franc e Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Tannat, Touriga Nacional entre outras milhares de variedades.
  2. Aspecto mais claro e límpido. A vivacidade dos tons do vinho produzido a partir da Vitis Vinifera é maior, as cores se destacam com brilho.
  3. Aroma de maior complexidade. Um dos principais agregadores de aromas para o vinho é a casca da uva. Nas Vitis viniferas ela é mais grossa e acumula maior quantidade de substâncias aromáticas.
  4. Sabores delicados e mais variados. Mesma idéia dos aromas, com um maior número de substâncias há maior diversidade de sabores.
  5. Processo de elaboração rigoroso, seguindo normas e padrões de qualidade. Para produção de vinho fino, mais ainda quando dentro de uma denominação de origem, as regras são rígidas desde a plantação do vinhedo até a vinificação, passando pela colheita. Isto garante um produto de maior qualidade na ponta.

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Vinho de mesa 

  1. Produzido a partir de outras uvas que não a Vitis vinifera. No Brasil e nos EUA, a Vitis Labrusca (ou 'uva amaericana') é a mais utilizada.
  2. Coloração mais opaca. O vinho feito por uvas não viníferas possui tons com menor – e por vezes sem – brilho. Isso se deve ao fato destas uvas terem substâncias coloríficas mais rústicas e em menor quantidade quando comparado com a Vitis vinifera.
  3. Aromas rústicos. As demais espécies de uva não possuem a casca tão grossa quanto a Vitis Vinifera, assim menos substâncias aromáticas são guardadas ali, gerando uma menor complexidade aromática.
  4. Sabor intenso, mas sem amplitude. Pelo mesmo motivo listado em relação ao aroma, não há muitas substâncias para trazer amplitude de sabores.
  5. Processo de elaboração que pode admitir outros produtos além de uvas. O  processo de vinificação aceita alguns aditivos, que podem causar males, como uma quantidade excessiva de sacarose – açúcar de cana – ou adição de álcool não proveniente do vinho.

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Detalhe importante é que essas regras servem para vinhos produzidos ou comercializados no Brasil. Assim, é possível que um Vino di tavola  italiano ou um Vin de Table francês não sigam as mesmas regras. Até porque, na Itália e na França não é permitido fazer vinho com uvas não viníferas, embora seja permitido - na França - a adição de açúcar de cana para a fermentação em alguns vinhos. Cada país possui a sua própria nomenclatura e regras.

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