Vinho - 22.Jul - Pesquisa

Rolha de cortiça não é mais a favorita entre britânicos, diz pesquisa

por Redação

"I love natural Cork" ("Eu amo rolhas naturais") é o nome da nova campanha a favor das rolhas de cortiça. Lançada pela Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR), a nova propaganda espera conseguir recuperar o mercado perdido nos últimos. Estima-se que um terço das vendas já pertença às rolhas sintéticas e de alumínio .

Utilizando o slogan "As rolhas naturais são sustentáveis. São 100% naturais e recicláveis", a campanha pretende frisar as características ambientais, sociais e culturais da cortiça.  

Junto com a nova propaganda, a APCOR realizou um estudo com 1.500 consumidores de vinhos britânicos. A pesquisa mostrou que as "rolhas naturais" já não são mais as primeiras em preferência. Cerca de 34% dos entrevistados preferia os vedantes "screw cap", as tampas de alumínio. A cortiça vem em segundo lugar, com 32% do favoritismo geral. Por último, estão as rolhas de plástico, escolhidas por apenas 4% dos entrevistados.

No entanto, quando os consumidores do estudo foram informados dos benefícios sociais, culturais e ambientais das rolhas de cortiça, quase três em cada cinco disseram que iriam procurar comprar mais vinhos selados dessa maneira. Por isso, os produtores estão procurando utilizar uma mensagem ambiental para recuperar o mercado.

A gerente de marketing da Guala, empresa produtora de tampas "screw cap", disse ao site decanter.com que "frente a esse tipo de questão que envolve benefícios sociais, ambientais e culturais, qualquer consumidor estará a favor da cortiça". No entanto, a gerente destacou: "admite-se que o gosto da cortiça afeta de 3 a 5% do gosto dos vinhos, significando centenas de milhões de litros jogados no lixo a cada ano. Em outras palavras: um enorme desperdício de energia".

A "I love natural corks" é apenas mais uma dentre as inúmeras campanhas a favor da cortiça sendo realizadas no mundo. De fato, a indústria das "rolhas naturais" vive um momento difícil. Segundo o proprietário de uma floresta de cortiça, Francisco Almeida Garret, o abrandamento econômico e a alta das rolhas artificiais, fizeram com que o valor da cortiça fosse diminuindo. "Agora uma rolha vale cerca de metade do que valia há uma década", disse ele.  

No total, dos 18 bilhões de rolhas vendidas por ano, estima-se que a cortiça responda por cerca de 69% das vendas. As sintéticas representam 20% enquanto as "screwcap" são 11%. Números assustadores para uma indústria que há 10 anos possuía 95% do mercado.

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