por Redação
Apesar de confirmar a história, o Domaine Monestier La Tour condenou fortemente seu lado "difamatório". |
Há quatro anos, Sylvie Sorneau foi exposta a um produto chamado Clameur, que era aplicado nas vinhas da Domaine Monestier La Tour, vinícola localizada na região de Bergerac, na França. Ela diz que, na época, o contato com esse pesticida lhe causou diarréias, vômitos, tonturas e que quase não conseguia andar, tamanho o mal estar.
Neste período, acompanhada de seu advogado Stéphane Cottineau, Sylvie levou o caso às autoridades francesas de saúde e, apenas recentemente, começou a ser ressarcida com uma mensalidade de 107 euros. No entanto, eles acreditam que o valor seja muito pequeno, quando comparado aos danos que Sylvie sofreu por causa do contato com o produto. Até hoje, ela diz sentir uma "fadiga extrema", o que a impede de conseguir trabalhar normalmente.
Cottineau apelou ao Ministério Público e pediu para que o caso fosse investigado mais uma vez. Entretanto, ele só conseguiu permissão para saber quais haviam sido os resultados dessa investigação, quando a pressão popular sobre a história aumentou consideravelmente, o que levou as autoridades a finalmente abrirem dossiê. "Eu receberei os resultados em duas semanas", disse ele.
A Domaine Monestier La Tour confirmou a história, que foi publicada no periódico francês Journal du Dimanche, mas "condenou fortemente" o seu lado difamatório. Apesar de ser possível que as atuais condições de Sylvie tenham sido causadas pelo contato com pesticidas, a vinícola alega que os trabalhadores das vinhas ficavam muito mais tempo afastados dos locais onde os produtos haviam sido aplicados do que o mínimo estabelecido.
Segundo a diretora assistente da produtora, Julia Ditsch, disse ao site decanter.com, é possível que o vento tenha trazido pesticidas de vinhedos vizinhos, afetando assim, a saúde de Sylvie. Cottineau, entretanto, recusa essa explicação, caracterizando-a como "exagerada, para dizer o mínimo" e ainda completou "especialmente desde que as autoridades francesas de saúde estabeleceram uma ligação entre a condição de minha cliente e o seu lugar de trabalho".
Segundo a Organização Não Governamental Goodplanet.info, os maiores consumidores de pesticidas do mundo são os Estados Unidos e a Índia. A França está em terceiro lugar na lista, sendo o maior em toda Europa.
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