Com as primeiras parreiras plantadas em torno do ano 1.100 a.C., a Espanha produz o fortificado há mais de 3 mil anos, sem parar
André De Fraia Publicado em 03/06/2021, às 18h00
A região de Jerez mantem uma produção contínua de vinho por mais de 3.000 anos
Não se engane, vinho de Jerez não é apenas um vinho branco fortificado feito na região de Jerez de la Frontera, sudoeste da Espanha.
Além da diversidade de estilo – são mais de 10! – a história é digna de ganhar as telas de cinema.
Afinal, estudos mostram que as primeiras videiras foram plantadas na região conhecida como Marco de Jerez – território que abrange as cidades de Jerez de la frontera, Sanlúcar de Barrameda, El Puerto de Santa María, Trebujena, Chiclana de la Frontera, Puerto Real, Rota, Chipiona e Lebrija – por volta do ano 1.110 a.C.!
Mesmo passando pelo comando de diversos povos, a região manteve uma produção contínua de vinho nesses mais de 3.000 anos, o que não aconteceu com as demais regiões ibéricas.
Entre os anos de 711 e 1248 a região esteve sob domínio muçulmano e o consumo de álcool foi proibido pelas autoridades, porém, a região de Jerez conseguiu uma desculpa. Diziam que o vinho produzido na região tinha como fim os rituais católicos, que foram até certo ponto mantidos, e para motivos medicinais.
Terroir do Marco de Jerez recebeu suas primeiras parreiras por volta de 1.100 a.C.
Porém, nos anos finais da ocupação, vendo o potencial do vinho como produto de exportação, o califado de Aláqueme II liberou a exportação e logo conquistou seu principal mercado consumidor, a Inglaterra.
Os vinhos de Jerez são divididos em categorias. Os Generosos, os Generosos de licor, os Vinhos doces naturais e as categorias especiais como envelhecimento qualificado, vintage e com indicação de idade.
Cada um é determinado de acordo com sua forma de produção e amadurecimento, quer dicas para aproveitar esse estilo singular?
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