Segundo o Bureau Interprofessionnel des Vins de Bourgogne, as geadas da primavera trouxeram apenas consequências limitadas
André De Fraia Publicado em 25/05/2022, às 10h00
Em comunicado oficial, o BIVB (Bureau Interprofessionnel des Vins de Bourgogne) informou que as geadas de primavera que atingiram a região da Borgonha em abril não trouxe grandes prejuízos.
“O inverno ameno e seco, fizeram todos temer o pior, porém, o impacto se limitou a certos setores na parte norte de a região".
Os produtores em áreas que não foram afetados pela geada ficaram extremamente aliviados, pois o fenômeno, que ocorreu entre os dias 3 e 11 de abril, pegou os vinhedos em um momento que o ciclo da uva já tinha começado e os brotos já começavam a aparecer nas videiras.
No entanto, a brotação foi, segundo o BIVB, apenas “ligeiramente retardada” nas vinhas que foram atingidas pela geada, embora ainda dentro da média dos últimos 28 anos.
O calor no início de maio, juntamente com as chuvas, acelerou o ritmo da temporada, com a floração começando na semana passada em algumas das primeiras variedades e vinhedos.
O BIVB alertou ainda para os desafios futuros que a região vai enfrentar.
A alta demanda combinada com rendimentos reduzidos em 2021, fez com que os estoques ficassem bem abaixo da média das últimas cinco safras. Há também preocupações de que o aumento das geadas da primavera cause uma nova pressão financeira sobre os produtores, apertando suas margens e forçando a contratação de seguros sobre suas colheitas.
Como estamos noticiando, desde a safra 2021 as geadas da primavera, ou geadas tardias, vêm provocando grandes perdas e prejuízos para produtores europeus, mas especialmente os franceses que utilizam de diversas armas contra o fenômeno. Desde as famosas velas, pequenos pontos de fogo no vinhedo, até helicópteros como pode ser visto aqui.