Gaúcho de Alegrete, ficou conhecido como o “poeta das coisas simples”
Silvia Mascella Rosa Publicado em 27/04/2022, às 04h10 - Atualizado às 08h00
É do gaúcho Mário Quintana o poema:
"Por mais raro que seja, ou mais antigo. só um vinho é deveras excelente: aquele que tu bebes calmamente com o teu mais velho e silencioso amigo..."
Poeta, tradutor e jornalista, Mário de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete, no centro sul gaúcho em 1906 e faleceu em Porto Alegre, em 1994. Conhecido como “poeta das coisas simples”, sua elegância técnica, sutileza e bom humor ao tratar de assuntos corriqueiros, o elevou para a classe dos maiores e mais premiados poetas do século 20.
Ele passou 12 anos de sua vida morando no antigo Hotel Majestic, na Capital Gaúcha, a dois quarteirões do Rio Guaíba. O local hoje abriga a Casa de Cultura Mário Quintana, que é um ponto turístico imperdível para quem visita Porto Alegre. Biblioteca, salas de exposições, cursos, oficinas, o espaço "Acervo Elis Regina" (outra gaúcha de talento inesquecível do Brasil) e o "Quarto do Poeta" (reconstrução fiel do cômodo onde Quintana viveu) fazem parte desse espaço de convivência e aprendizagem. Para completar, há um bar com uma das melhores vistas da cidade, para (obviamente) tomar uma bela taça de vinho com um amigo.
E tem mais Quintana:
"Só se deve beber por gosto: beber por desgosto é uma cretinice"
"Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia, mas uma meia mentira não será nunca uma meia verdade"
"O espírito é variável como o Vento. Mais coerente é o corpo, e mais discreto... Mudaste muita vez de pensamento, mas nunca de teu vinho predileto"