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  • A muralha da China

    A indústria do vinho está de olho no mercado chinês, mas o que é preciso fazer para romper as barreiras culturais e realmente cair no gosto dessa massa humana?

    por Juliana Reis

    photoxpress.com

    A tualmente a China é foco de muita atenção e um dos motivos é a numerosa população e o que isso pode representar. Afinal, o que seria das exportações para os produtores de vinhos se os chineses tivessem a cultura de tomar vinhos regularmente? O que pode ser um sonho para quem está imaginando exportar para este grande país é, na verdade, um grande desafio para quem já tentou e está encarando uma série de dificuldades. As diversas barreiras culturais representam um grande entrave na penetração nesse mercado.
    Um estudo realizado pela empresa de consultoria, branding e pesquisas "Wine Intelligence" - baseado em dados da "CIA World Fact Book" e em pesquisas qualitativas e quantitativas entre adultos das cidades de Pequim, Xangai, Guangzhou e Wuhan - teve como objetivo entender o potencial do mercado chinês consumidor de vinhos importados. Concluiu-se que o segmento ainda é pequeno em vista do tamanho da população total do país, mas tem grande potencial. Segmentando os 1,33 bilhões de habitantes da China por faixa etária e renda, o estudo aponta que dos 23 milhões que podem beber bebidas alcoólicas, 19 milhões consomem bebidas à base de vinho, mas que somente 14,3 milhões de fato consomem vinhos importados. Atualmente, esse número é tímido e aparenta ser pouco. Entretanto, projetando o crescimento da população e levando em conta o crescimento de 8,2% do PIB de 2009, estima-se que, em 2025, a classe média-alta passível de consumir vinhos será de 80 milhões de pessoas. Fazendo um breve comparativo: a população total do Brasil hoje é de cerca de 200 milhões, da Alemanha é de 82 milhões, da França é de 64 milhões, da Itália de 58 milhões.

    Por que eles bebem e por eles não bebem
    Uma parte dessa pesquisa realizada em dezembro de 2009 analisou por que os consumidores da classe média-alta de Xangai bebiam vinhos. Entre os fatores racionais estavam presentes os seguintes motivos: preferência pelos sabores da bebida, percepção de consequências benéficas para a saúde e o enriquecimento das preparações culinárias, ou seja, a harmonização. Já os fatores emocionais mostraram que, para o consumidor chinês, beber vinho demonstra respeito, é romântico, o ambiente pede, é um sinal de sofisticação e traz boa sorte. A diferença entre o consumo de vinhos nacionais e de importados basicamente seria a idéia de que a qualidade dos importados é maior, que seu consumo demonstra respeito em ambiente de negócios e, novamente, volta à questão da sofisticação.


    Pesquisa mostrou que os chineses estão consumindo mais vinho, porém, ainda é preciso estudar melhor as particularidades desse gigantesco mercado


    A outra parte dessa pesquisa, com 1028 entrevistados, buscou avaliar como os chineses compram a bebida de Baco. O que os motiva. Em primeiro lugar está a origem, seguido pelo "boca a boca", depois por informações descritas nos contrarrótulos, indicadores de qualidade e, por fim, embalagens com aparências tradicionais. Se algo os motiva, consequentemente há algo que os desmotiva, logo quais seriam as razões que os desencorajam de adquirir vinhos importados? Três motivos principais: alto preço, quando não conhecem o produto ou quando as informações dos rótulos aparecem em língua estrangeira.
    Faz sentido. Imagine você, tentando comprar uma garrafa de uma bebida que não conhecesse, mas que desejasse experimentar ou levar para uma ocasião especial, como por exemplo, o Maotai, destilado tradicional chinês. Se estivesse em frente a uma gôndola no supermercado recheada de diversas marcas, estilos e preços, de que forma escolheria seu produto se não conseguisse ler e entender as informações? Reconhecer os rótulos? Como você escolheria o seu Maotai?
    A vantagem é que os chineses estão cada vez mais abertos à cultura ocidental, ao modo de vida e a seus produtos. Além disso, têm a percepção de que os vinhos ocidentais têm qualidade superior aos vinhos chineses. De qualquer forma, para alcançar esse consumidor potencial é preciso superar barreiras e traçar estratégias levando em conta aspectos como preços, idiomas, cores, informações. 

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