Bebida é extraída da umidade do ar da floresta e pode se tornar a mais cara do mundo
por Redação
Picasso, Van Gogh, Monet... Não é raro ver quadros de grandes artistas arrecadarem dezenas de milhões em leilões feitos ao redor do mundo. Mas no próximo mês de novembro, o que irá a leilão – por um preço nada modesto – é uma água, feita na Amazônia. O lance mínimo? US$ 910 mil (R$ 5,16 milhões, aproximadamente).
De acordo com a fabricante Ô Amazon Air Water, a água foi obtida em uma noite de lua cheia, a partir dos "rios voadores" da floresta, ou seja, de gotículas de água desprendidas no ar pela densa vegetação local. Para poder colhe-las foi usado um equipamento específico, resultando em 1,5 litro água engarrafada.
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A garrafa, em si, é adornada com peças de ouro e prata, além de quatro pedras preciosas e 280 "eco-diamantes". O produto é acompanhado por uma sacola de tecido, com pinturas indígenas, feitas por povos originários da região. As atividades do projeto têm sido registradas para a produção de um livro e um documentário.
Dentre os objetivos da iniciativa está destacar a importância da Amazônia e alertar para os impactos das mudanças climáticas na economia global. Além, claro, de alcançar o topo da lista das águas mais valiosas do mundo – posto atualmente ocupado pela "Aurum 79", leiloada por US$ 900 mil, em Dubai.
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Segundo os responsáveis pela "Victoria Amazônica", a abertura do leilão será no dia 25 novembro de 2024, em um evento presencial em São Paulo. Depois, a iniciativa passará por Nova York, Europa e Dubai, onde a garrafa ficará até a aquisição. Os lances poderão ser feitos por meio da internet.
O mercado de águas minerais premium e superpremium está em crescimento, segundo dados da consultoria Zenith International. As vendas anuais desse tipo de produto já alcançam 10 bilhões de litros, cerca de 4% do consumo mundial de águas engarrafadas, movimentando aproximadamente US$ 20,7 bilhões (R$ 117,4 bilhões).