Descubra o estilo, a atitude e a elegância dos vinhos italianos. E deguste Armanis, Pradas, Dolce & Gabbanas e Guccis
por Marcelo Copello
Maior produtor mundial de vinhos, a Itália é, de norte a sul, um imenso e contínuo vinhedo. Atualmente todas as regiões da bota produzem vinhos de alta qualidade. Confinar-se aos rótulos tradicionais de regiões mais conhecidas é abdicar de grandes caldos e ignorar uma nova Itália, moderna, cheia de estilo.
Para entender a ebulição pela qual tem passado a enologia italiana nas últimas décadas, basta usar como metáfora o fenômeno da moda neste mesmo país. há tempos os fermentados italianos deixaram de ter como suas melhores referências imperadores romanos, toalhas xadrez e tarantelas. A estética vibrante de dolce & gabbana, o chic de giorgio Armani, o avant-garde intelectual de Miuccia Prada, a pureza de Valentino, ou o quase exotismo de Roberto Cavalli, são analogias que expressam com muito mais eloqüência os sabores dos fermentados italianos de hoje.
#R#Mas por que a moda? Porque enquanto no vinho fala-se de terroir, como uma forma de expressar o sabor único de um vinhedo e de uma safra, a moda é a forma mais pura de expressão do íntimo de um ser humano.
Moda e vinho, com seus complexos e peculiares códigos lingüísticos, falam muito do homem, de sua sociedade, de sua terra e de seu tempo. de norte a sul, AdEgA selecionou rótulos de “altacostura” de sete regiões italianas.
NORDESTE TRENTINO-ALTO ADIGE
O Trentino, sempre associado a seu vizinho, o Alto-Adige, forma a região mais ao norte da Itália, fronteira com Áustria e Suíça. Com seis mil quilômetros quadrados, o Trentino produz anualmente 60 milhões de litros de vinho, uma gota no mar de vinho que é a Itália. O clima é alpino ao norte e subcontinental na maior parte da região. O relevo é montanhoso, com ventos frios. A influência germânica é notada nos nomes de vinhos e uvas. A belíssima paisagem, um verdadeiro jardim, pontuado por lagos glaciares e estações de esqui, é palco de uma verdadeira revolução enológica, que une vanguarda tecnológica à elegância inerente dos vinhos de clima frio. No universo da moda italiana quem melhor expressa este espírito é Miuccia Prada. Formada em ciências políticas e ex-militante do Partido Comunista Italiano, Prada é pura vanguarda e romantismo. do Trentino-Alto Adige selecionamos vinhos cheios de atitude, elegância e firmeza, como um traje para noite, de Prada.
Eureka Teroldego 2000
Roberto Cipresso, Trentino (World Wine, R$ 300,00). Um “vino da tavola” do premiado enólogo Roberto Cipresso, elaborado com 100% uvas Teroldego, amadurecido em carvalho. Roxo na cor, Aroma muito intenso, pleno de fruta madura e especiarias na frente, fresco, com muitas ervas, tostados, baunilha, alcaçuz, toque picante de pimenta, depois mostrou nuanças muito elegantes e delicadas de flores e minerais, abriu-se muito ao longo da prova. Paladar encorpado, taninos doces e muito finos, 13,5% de álcool, acidez moderada. Encantador e ainda bastante jovial, mesmo tendo mais de sete anos de idade. Mostra que tem muita vida pela frente.
Manna 2006
Franz Haas, Alto Adige (Decanter, R$ 147,20). Da IGT “Vigneti delle Dolomiti”, elaborado com 50% Riesling, 20% Chardonnay (fermentado em barricas), 15% Gewurztraminer (de colheita tardia) e 15% Sauvignon Blanc, permanece de cinco a oito meses com suas borras em inox. Amarelo dourado brilhante. No nariz é a melhor tradução da palavra “complexidade”, com muitas famílias de aromas: frutas maduras (damasco), herbáceos, minerais, florais, especiarias, baunilha, manteiga, mel. Paladar untuoso, macio, com 13,5% de álcool, boa acidez, longo. Belíssimo branco que precisa ser descoberto.
FRIULI
Ainda no extremo norte do país, vamos agora ao Friuli, na costa do mar Adriático e fronteira com a Áustria e a Eslovênia. Esta região de 7.800 quilômetros quadrados possui 19 mil hectares de vinhedos que geram, anualmente, 115 milhões de litros de vinho. O clima é frio e úmido e as chuvas concentramse no outono e na primavera, podendo chegar a 3.000 mm/ano, com neve. Este contexto é altamente propício aos vinhos brancos, que representam 60% da produção e dão fama à região. O estilo é de leveza e colorido aromático muito rico. Descrever um branco do Friuli é quase como descrever um vestido de Valentino, de linhas muito puras, fragrantes e elegantes, com certa dose de nostalgia, como no vestido branco que desenhou para Jacqueline Kennedy casar-se com o armador grego Aristóteles Onassis, em 1968. Para representar o Friuli, colocamos na passarela três brancos cheios de leveza, confortáveis e glamurosos, como uma bata de Valentino.
Paisagem de Friuli, região italiana famosa pelos brancos |
Terre Alte 2003
Livio Felluga (Mistral, R$ 161,82). Elaborado com Tocai Friulano, Pinot Bianco e Sauvignon Blanc. O Tocai Friulano é fermentado em barricas francesas. Amarelo palha brilhante com reflexos dourados. Aromas intensos e de ótima complexidade, com fruta madura e doce na frente, grapefruit (um aroma típico da Sauvignon), tangerina, laranja, pêssego, flores brancas, ervas frescas, especiarias (gengibre). Paladar denso, cremoso, 14% de álcool equilibrados com ótima acidez, longo e muito elegante.
IPSO 2003
Zuc di Volpe (World Wine, R$ 180,00). Um Pinot Grigio 100%, 50% amadurecido por oito meses em barricas novas francesas. Amarelo palha brilhante com reflexos dourados. Aromas sofisticados com tostados, frutas cítricas e outras frutas brancas maduras (pêra, melão), flores brancas, toques minerais, avelãs, baunilha e tostados da madeira. Paladar encorpado e untuoso, macio com 13,5% de álcool, longo e elegante.
Tocai Friulano Collio 2006
Villa Russiz (Decanter, R$ 120,75). Tocai Friulano (100%), uva de muita personalidade, tradicional do norte da Itália, permanece com suas borras por 10-11 meses. Amarelo palha brilhante, com reflexos esverdeados. Aromas intensos e de extrema elegância, com flores brancas, jasmim, panetone, pêssego, final mineral. Paladar muito macio, untuoso com 15% de álcool e acidez correta, longo e encantador.
NOROESTE LOMBARDIA
A Lombardia é uma das regiões de cultura mais rica da Itália, símbolo de industrialização e centro de moda. Com 23,900 quilômetros quadrados, produz 158 milhões de litros de vinho anualmente. O clima é continental, com chuvas moderadas (600 a 850 mm ao ano). Há muitos brancos e tintos por lá, alguns muito bons, da uva Nebbiolo. A região, contudo, tem como seu maior vinho um espumante, o Franciacorta. Estes fantásticos espumantes, provenientes de uma ilha vitivinícola de 900 hectares de lindas colinas, simboliza bem o renascimento do vinho italiano, pois há 30 anos, Franciacorta era uma terra de tintos de qualidade discutível. Hoje é marca registrada de alguns dos maiores espumantes do mundo. Este milagre foi realizado por produtores sérios e dedicados, que fizeram do Franciacorta o símbolo da região. Na moda, a Lombardia também tem seu ícone supremo. Morador de Milão, capital da região e capital da moda, Giorgio Armani é sinônimo de elegância e bom gosto. Seus ternos bem cortados têm tudo na medida certa e se tornaram, em pouco tempo, clássicos, assim como os Franciacorta. Mostramos aqui dois Franciacorta equilibrados, simétricos e com muita classe, como um blazer de verão, creme, de Giorgio Armani.
Berlucchi Cuvée Storica
Guido Berlucchi (Ars Vivendi, R$ 170,00). Elaborado pelo método champenoise, com Chardonnay (95%) e Pinot Nero (5%), permanece com suas borras por 48 meses e leva dosagem de oito gramas de açúcar. Amarelo palha claro brilhante, com reflexos dourados, perlage muito fina e abundante. Aromas de frutas (pêssego, abacaxi), flores brancas, leveduras. Paladar de médio corpo, cremoso, muito fresco e elegante, com 12,5% de álcool,
Franciacorta Brut
Ca’ del Bosco (Mistral, R$ 114,30 ). Elaborado pelo método champenoise, com Chardonnay (80%), Pinot Bianco (10%) e Pinot Nero (10%), permanece sobre suas borras por 21 meses. Amarelo palha com reflexos dourados, perlage muito fina e abundante. Aroma intenso, com damasco, baunilha, avelãs, brioche, fundo mineral. Paladar de bom corpo, acidez bem marcada, 12,5% de álcool, muito elegante e equilibrado.
CENTRO ÚMBRIA
A Úmbria é uma pequena região, localizada bem no centro do país, entre a Toscana, Marche e Lazio, conhecida por cidades turísticas como Perugia, Assisi e Orvietto e famosa por ter sido o berço da vitivinicultura etrusca na Itália. O potencial vinícola é enorme e apenas começa a ser explorado.
Seus 16,5 mil hectares de vinhedos produzem anualmente quase 100 milhões de litros do fermentado. Os solos são tão variados (areia, argila, calcário, resíduos vulcânicos, pedras e conchas) que tornam obrigatório um cuidadoso estudo para a produção de vinhos de alta qualidade. O clima é de invernos brandos, verões quentes, ventilados e secos, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Os vinhos de alta costura daqui são uma mistura de clássicos, tanto o Sagrantino de Montefalco, revisitado através de práticas vitivinícolas modernas, quanto a expressão local de uvas internacionais, como a Chardonnay e a Cabernet Sauvignon.
Na moda italiana este convívio de retro e juventude nos remete a grife Gucci, hoje capitaneada pela jovem Frida Giannini, de 34 anos. Dos vinhos em destaque, alguns lembram Bordeaux, com um toque de seriedade, como uma clássica bolsa de couro Gucci.
Vista panorâmica da Úmbria: berço da vitivinicultura etrusca na Itália |
Marciliano 2003
Falesco (World Wine, R$ 270,00). Cabernet Sauvignon (70%), Cabernet Franc (30%), amadurecido em barricas francesas novas por 16 meses. Rubi violáceo muito escuro. Aromas com complexidade e profundidade, frutas maduras (cereja, ameixa), toque de rapadura, especiarias, cacau, tabaco, especiarias, madeiras. Paladar de grande estrutura e concentração, com 13,5% de álcool, taninos finos bem presentes, final muito longo. Ainda jovem e fechado, grande vinho, para guarda.
I Ricordi di Casa Pastore 1998
Azienda Agrícola Rio Grande, Úmbria, (Enoteca Fasano, R$ 316,00). 80% Cabernet Sauvignon e 20% Merlot, amadurecido de dez a doze meses em barricas francesas. Vermelho granada entre claro e escuro. Quando decantado, tinha muitas borras. Aromas com evolução e complexidade, frutas secas, toque vegetal tabaco e de bosque úmido, cogumelos secos, especiarias da madeira, cravo, baunilha, canela, couro e cacau amargo. Paladar estruturado, taninos resolvidos, mas ainda presentes, 13% de álcool, equilibrado, final seco e sério, estilo gastronômico. Elaborado com uvas estrangeiras, mas com alma inegavelmente italiana.
SUL CAMPANIA
Esta região fica na costa do mar Tirreno e suas principais cidades são Nápoles (a capital), Salerno, Pompéia, Benevento e Caserta. A Campânia foi a principal produtora de vinhos do Império Romano. Era daqui o Opimiano, mais célebre vinho da antiguidade, da safra de 121 a.C. A região foi devastada pelas lavas do vulcão Vesúvio em 79 d.C., cessando sua primazia na vitivinicultura italiana.
Hoje a Campânia abriga 41 mil hectares de vinhedos, que geram ao ano 200 milhões de litros de vinho. O número de produtores de vinho ainda é imenso e dominado por micro-propriedades pertencentes a camponeses. Na última década, a região tem recuperado o prestígio por suas privilegiadas condições naturais: boa exposição ao sol, invernos moderados e verões mornos, clima temperado com chuvas concentradas no outono e inverno. Os solos são profundos, permeáveis e com boa fertilidade.
A grande uva local é a Aglianico (também denominada Vitis Helenica, é a uva mais antiga da Itália, proveniente da Grécia). Esta uva, de grande força tânica e caráter dramático, dá origem ao Taurasi, tinto mais tradicional da região, e alguns vinhos modernos de grande personalidade. A perfeita tradução para os vinhos ultra-encorpados da Aglianico seria a moda de Gianni Versace, com seu estilo ultra-colorido, ultra-luxuoso, ultraglamorouso (e ultra-caro), com influência tanto da arte moderna de Andy Warhol quanto da antiguidade clássica grega. Os três tintos em destaque são 100% Aglianico e 100% Versace.
Serpico 2003
Feudi di San Gregório (World Wine, R$ 380,00). Elaborado com 100% uvas Aglianico, parte delas oriundas de vinhas centenárias, com 18 meses em barricas francesas novas. Rubi violáceo muito escuro, traz certa doçura nos aromas, concentrados, mostrando tostados, menta, geléia de cereja, especiarias, musgo, cacau. Paladar de grande estrutura de taninos, com 13,5% de álcool, longo. Grande vinho, precisa de tempo em garrafa para mostrar todo seu potencial.
Taurasi 2001
Vesevo (Casa Flora, R$ 122,40). 100% uvas Aglianico, amadurece de 15 a 18 meses em barricas francesas. Vermelho rubi muito escuro com reflexos violáceos. Nariz intenso, com aromas com frutas ultra maduras na frente, cerejas pretas, especiarias, alcaçuz, couro novo, baunilha, tostados, pimenta preta, fundo mineral. Paladar estruturado, seco, sério, com taninos nervosos típicos da Aglianico, boa acidez, 13,5% de álcool, é volumoso, mas sem excessos de extração. Merece mais tempo de garrafa para que os taninos evoluam. Ótimo vinho.
Taurasi Riserva Cinque Querce 2001
Salvatore Molettieri (Vinci, R$ 259,20). Elaborado com uvas Aglianico (100%), fermentadas (50%) em madeira e 50% em inox, posteriormente amadurece por 42 meses em barricas e tonéis. Vermelho granada muito escuro. Nariz intenso, muitas especiarias, picante apimentado, canela, noz moscada, frutas ultra maduras, baunilha, alcaçuz, tostados, chocolate amargo, toque balsâmico de frescor. Paladar monumental, muito encorpado, largo e quente, com 15% de álcool, muitos taninos bem presentes, longo, madeira aparece no fim de boca. Impressiona bastante por seu ataque, estrutura e personalidade fortes. Sugiro duas horas em um decanter antes do serviço. Precisa de tempo em garrafa e pode ficar na adega por mais dez anos tranqüilamente.
ILHAS SARDEGNA
Chegamos ao mediterrâneo e a Sardenha. A produção desta ilha é pequena, pouco mais de 60 milhões de litros de vinho anuais, que sempre foram consumidos localmente. Até pouco tempo era difícil encontrar um vinho Sardo fora da região, mesmo no resto da Itália. É bem verdade também que os vinhos eram bastante rústicos e só começaram a ganhar qualidade recentemente, com o aprimoramento dos vinhedos e da introdução de tecnologia de ponta. O clima mediterrâneo de verões longos, quentes e secos e vinhedos no litoral, em terrenos argilo-calcários, propiciam a produção de tintos de muita personalidade, elaborados com as cepas locais, como Cannonau e Mônica. O colorido calor mediterâneo, decorado com cepas autoctonas, temperadas em barris de carvalho, facilmente nos remete à famosa estamparia colorida de Roberto Cavalli e seus motivos animais. Não é difícil pensar no exotismo das estampas de zebras e leopardos de Cavalli ao provar estes vinhos, intensos e ricos em fruta madura, madeiras e especarias.
Terre Brune Carignano del Sulcis Superiore 2001
Cantina Santadi (Mistral, R$ 179,10). Elaborado com Carignano (95%) e Bovaleddu (5%), amadurecido em barricas por 16 meses. Vermelho granada. Intenso e delicioso no nariz, com mineral terroso, toque animal de couro, toque picante, especiarias (cravo, canela, noz moscada), frutas secas. Paladar encorpado, taninos doces e aveludados, quente, com 14% de álcool, longo e pronto. Em um ótimo momento, ao mesmo tempo mostra complexidade e profundidade sem deixar de ser fácil de beber.
Barrua 2003
Agricola Punica (Expand, R$ 225,00). Da IGT “Isola dei Nuraghi”, elaborado com Carignano (85%), Cabernet Sauvignon (10%) e Merlot (5%), amadurecido em barricas francesas novas por 18 meses. Vermelho granada escuro. Aromas de fruta madura, geléias, especiarias em profusão, flores, alcaçuz. Paladar estruturado e muito sedoso, com 14% de álcool, taninos finíssimos e doces, bastante equilibrado, elegante, muito longo. Um vinho delicioso, envolvente, de altíssima qualidade. Decantar duas horas antes de beber.
SICILIA
Maior ilha do Mediterrâneo, com 25 mil quilômetros quadrados, a Sicília é, depois do Veneto, a maior região produtora de vinhos do país, com mais de 700 milhões de litros ao ano. A ilha é vulcânica, com clima francamente mediterrâneo, quente e árido na faixa costeira. Em apenas duas décadas, a enologia siciliana saiu de uma realidade pouco mais evoluída do que a da era greco-romana para o estado da arte da enologia mundial. Muitas foram as inovações: conversão de vinhedos para novos métodos de condução das vinhas, controle dos rendimentos, pesquisa clonal, uso de irrigação, novas técnicas de colheita, vinificação, utilização de barris novos de carvalho, entrada de uvas estrangeiras, como Cabernet Sauvignon e Merlot, e a consciência de que é importante valorizar as uvas locais, notadamente a tinta Nero d´Avola.
Na moda italiana ninguém mais mediterrâneo que Dolce & Gabbana. Não por acaso Domenico Dolce é siciliano. O impacto visual do trabalho da dupla é tão marcante quanto os poderosos tintos da Nero d´Avola.
Insolente 2003
Fatasciá (Decanter, R$ 333,50). Elaborado com Merlot (60%) e Cabernet Sauvignon (40%), amadurecido em barricas por dez meses. Vermelho rubi muito escuro com reflexos violáceos. Aromas intensos, geléias de frutas negras (cassis, amora), alcaçuz, frescor mentolado, violetas, tabaco, pimenta, musgo, anis, couro, café, cacau, madeira. Paladar muito encorpado, concentrado, quente com 13,5% de álcool, taninos doces bem presentes, boa acidez, longo.
Hugonis 2003
Tenuta Rapitalà (Casa do Vinho, R$ 155,00). Nero d’ Avola (60%) e Cabernet Sauvignon (40%), amadurecido em barricas francesas por 18 meses. Vermelho rubi violáceo muito escuro, com primeiros reflexos granada. Nos aromas é um ótimo amálgama das duas uvas, com frutas muito maduras (amora, ameixa, cereja negra), geléias, frescor balsâmico, especiarias doces (baunilha, alcaçuz), pimenta, madeira, mineralidade típica134 dos vinhos de solo vulcânico desta ilha. Paladar encorpado, taninos abundantes e doces, quente e alcoólico, com 14%, longo.